MP de Goiás deve oferecer até amanhã denúncia criminal no Caso Danilo

O inquérito que apurou o homicídio de Danilo de Sousa foi distribuído para a 67ª Promotoria de Justiça de Goiânia e está a cargo da promotora de Justiça Renata de Oliveira Marinho e Sousa. Os autos estão em análise e a denúncia deverá ser concluída até esta quarta-feira (12/8), já que a Polícia Civil juntou novos documentos na manhã desta terça-feira (10).

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) esclarece que o posicionamento em relação a Reginaldo Lima Santos, padrasto da criança, que foi inocentado pela Polícia Civl de participação no caso, se dará na mesma peça. As investigações estão em segredo de Justiça, determinado pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia.

Ontem, o inquérito policial do caso Danilo foi concluído e apontou que apenas uma pessoa foi responsável pela morte. A criança de 7 anos morreu por sufocamento, segundo o laudo da Polícia Civil. O corpo do menino foi encontrado na noite do dia 27 de julho já em estado de decomposição, em um lamaçal nas proximidades da casa da família, no Parque Santa Rita, em Goiânia. Quatro dias depois, a força-tarefa que investigava a morte do menino prendeu o padrasto e um colega por possível envolvimento no crime, ambos identificados como Reginaldo Lima e Hian Alves, respectivamente.

Conforme apontado ontem Hian Alves, de 18 anos, matou o menino sozinho. A Polícia não indiciou o padrastro. A mudança de versão foi corroborada por novos elementos encontrados pela polícia, que indicou a participação exclusiva do Hian no cometimento do homicídio. Ele foi indiciado por ocultação de cadáver e homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e traição.

A primeira versão de Hian, em que ele dizia que seria pago com uma moto para ajudar o padastro a matar o garoto, se mostrou muito frágil. O delegado Rilmo Braga, titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), afirmou ontem que a primeira impressão que os investigadores tiveram era de que o crime havia sido cometido por duas pessoas, pela forma como estava o corpo do garoto. Mas a polícia técnico-científica mostrou que uma só pessoa era capaz de matar o menino. Assim, a partir dos novos indícios colhidos em depoimentos e de conclusões da perícia, a polícia conseguiu que Hian confessasse a participação exclusiva no crime.