O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, concedeu liminar, nesta terça-feira (11), que suspende o inquérito da Polícia Federal que teve entre alvos de mandados de busca e apreensão o ex-governador Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, por supostos desvios de recursos da Saúde enquanto ele chefiava o Executivo goiano.
A operação, denominada Panaceia, foi deflagrada no dia 6 passado e resultou no sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados. A investigação da PF teve início em 2019, a partir de denúncia anônima e contou com ajuda da Controladoria Geral da União (CGU).
O advogado Romero Ferraz Filho, que representa Perillo, afirma que tem sustentado desde o princípio a ilegalidade da medida cautelar, especialmente em razão da ausência de contemporaneidade. Isso porque estão sendo investigados subcontratações da organização social Instituto Gerir, responsável pela gestão da rede estadual de hospitais de 2012 a 2018.
Além disso, foi apontado que Perillo teria prerrogativa de foro pois as investigações têm relação a período em que ele era governador. Nesse caso, conforme o advogado, as medidas teriam de ser autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não pela Seção Judiciária de Goiás, como ocorreu.
Em nota, Marconi afirma que reafirma sua confiança na Justiça e rechaça o que considera ilegalidades, arbitrariedades e violência política cometidos contra ele e sua família.
