Dois estudantes presos em manifestação contra as Organizações Sociais (OSs) na Educação foram soltos na noite desta sexta-feira (20), após alvará de soltura expedido pela 7ª Vara Criminal. Eles são acusados de agredirem policiais militares durante protesto em frente ao Palácio Pedro Ludovico, no Setor Central de Goiânia, na última quinta-feira (19). As informações são do Jornal O Popular.
Um grupo de cerca de 30 apoiadores do movimento recebeu os estudantes na porta da Delegacia de Investigação Criminal (DEIC), no Setor Cidade Jardim, onde eles estavam presos. Campanha promovida nas redes sociais pedia a liberdade dos estudantes, por considerar a prisão com viés político e injusta.
De acordo com a atual advogada dos acusados, Fernanda Ferreira, a decisão do juiz entende como desnecessária a prisão preventiva por conta dos jovens serem réus primários e terem bons antecedentes. Os estudantes responderão em liberdade, mas terão algumas restrições. Eles não podem consumir drogas, cometer infração legal, mudar de endereço sem comunicar à Justiça e devem comparecer a todas as audiências do processo, sob risco de voltarem a perder a liberdade.
Histórico
O estudante de geografia Raphael de Oliveira Santiago, de 23 anos, foi denunciado por lesão corporal leve; o estudante de biologia, Pedro Henrique Linhares Graciano, de 20 anos, foi denunciado por explosão qualificada, além de lesão corporal.
Três policiais foram feridos após confronto na manifestação. De acordo com a Polícia Militar (PM), um deles foi atingido por uma pedra na cabeça, e outros dois sofreram queimaduras provocadas por bomba caseira. Fotos divulgadas nas redes sociais também mostram manifestantes feridos, com machucados e hematomas que teriam sido provocados pelos policiais, que utilizaram bombas de gás e cassetetes contra os manifestantes. Os policiais feridos serão promovidos por “ato de bravura”.
