Justiça autoriza mandados de busca e apreensão no Ingoh, Ipasgo e Hugo

A Polícia Civil do Estado de Goiás cumpriu, nesta quinta-feira (12), vários mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça. As investigações fazem parte da Operação Metástase, que mira indivíduos vinculados ao Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh), nas pessoas de seus sócios e outros profissionais, e antigos servidores da cúpula do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo).

Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão no Ingoh, principal responsável pela prestação de serviços de quimioterapia ao Ipasgo. O Ingoh está sendo investigado por recebimentos indevidos no valor de R$ 50 milhões, por aplicação de quimioterapia em pacientes sem necessidade e até pela morte de um paciente. Também foram alvos diferentes residências e clínicas médicas de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis e no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Conforme divulgado pela Polícia Civil, a investigação apontou a existência de uma estrutura típica de organização criminosa, com a nítida divisão de tarefas direcionadas à estruturação e consecução de um esquema grandioso e fraudulento de desvios milionários de recursos da instituição pública.

O Ipasgo divulgou uma nota para esclarecer que “apoia o andamento da Operação Metástase que investiga um esquema criminoso que ocorria no Ipasgo nas gestões passadas”. De acordo com o comunicado, os primeiros indícios de fraudes e desvios apareceram em auditoria promovida pela atual gestão, cujos dados foram reportados à Controladoria Geral do Estado (CGE).

“O Ipasgo informa que espera que todos os fatos relativos a tais denúncias sejam adequadamente apurados. A nova gestão do instituto esclarece que, desde o início do ano, atuou para fortalecer as medidas de transparência e o combate à corrupção”, ressalta em outro trecho da nota divulgada pelo órgão.

Também em nota divulgada à imprensa, a direção do Instituto manifestou sua “total tranquilidade” diante do ocorrido, principalmente por estar “colaborando permanentemente” com as investigações, tendo se posicionado junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MP-GO), por meio de documento formal, pela “abertura de todos os documentos, sistemas e fontes de dados e informações do instituto e seus diretores para quaisquer buscas de interesse da investigação policial”.