Juíza ouve por videoconferência equipe médica que trata de paciente em coma

Juíza Aline Vieira Tomas, de Anápolis

A juíza da 2ª Vara de Família de Anápolis, Aline Vieira Tomas, usou a tecnologia para ajudar a agilizar um processo em tramitação na Justiça. De sua sala no segundo andar do Fórum de Anápolis, ela ouviu, por videoconferência, a equipe médica  que assiste a um paciente que se encontra internado no Hospital Neurológico de Goiânia, em estado de coma.

O objetivo é agilizar a sentença para que a família do paciente possa gerir os bens que ele não tem mais capacidade de administrar em função do seu estado de saúde e que justamente por isso tem feito a família passar por necessidades financeiras

De acordo com a juíza, se não fosse possível usar a videoconferência, ela teria de solicitar a um juiz de Goiânia que fosse até o hospital, ouvisse a junta médica e relatasse a ela, de volta, o estado clínico e as chances de recuperação e reversibilidade do quadro de saúde para que ela pudesse, então, prolatar sua sentença.

É que a lei prevê que o juiz só pode conceder algum benefício ao requerente se antes ele entrevistá-lo ou se constatar que é impossível fazer esta entrevista. Com a videoconferência, a juíza não apenas conhece, por meio dos médicos, a situação clínica do paciente, como constata, via imagens, que ele se encontra na Unidade de Terapia Intensiva em estado de inconsciência.

O paciente em questão teve requerida sua interdição judicial pelos seus familiares, pois antes de adoecer ele já não se encontrava capaz e agora, com o agravamento do seu quadro de saúde, pode vir a falecer a qualquer momento. Por isso a opção da juíza Aline Vieira Tomas de lançar mão deste recurso tecnológico que dribla a burocracia processual e contribui para a rapidez das decisões, que no caso em questão pode sair ainda hoje e mitigar o sofrimento pelo qual vem passando a família do paciente.