Integrantes de organização criminosa são condenados a penas que chegam até 138 anos de reclusão

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Um grupo de 25 pessoas foi condenado por roubos, adulteração de veículos e receptação, com atuação em Goiânia, Bom Jesus de Goiás, Luziânia, Rio Verde, Pontalina e Porangatu, entre os anos de 2017 e 2018. Os líderes do esquema coordenavam as ações de dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Conforme sentença da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem de Capitais, uma das penas individuais soma 138 anos de reclusão.

Consta dos autos que os réus Valdivino Raimundo Lopes e Fábio de Souza, que estavam presos cumprindo condenações anteriores, comandavam a logística para roubo dos veículos e distribuição de armamentos. Após os assaltos, as placas e documentos eram falsificados e, em seguida, os automóveis eram comercializados pelo bando ou trocados por drogas.

A magistrada considerou que as ações por desenvolvidas pelos réus se enquadram “em atividade típica de grupamento criminoso, cujas diretrizes partiam de dentro do sistema prisional goiano, caracterizando verdadeira afronta à justiça criminal e ao sistema de segurança pública estadual, máxime considerando que a comunicação com o mundo exterior, por meio de celulares”.

Placidina Pires observou, também, que “os referidos acusados não são criminosos eventuais, mas, sim, verdadeiros profissionais que fizeram da prática de crimes a sua profissão e elegeram a criminalidade como meio de vida”.

Para a dosimetria penal, a juíza ponderou que a legislação para o caso impede a aplicação da regra do crime continuado e atrai a incidência do concurso material de crimes, por isso, as penas foram somadas. Um dos integrantes do esquema, Ricardo Gomides, acusado de 45 crimes, foi condenado a 138 anos de prisão. (TJGO)