O Tribunal do Júri da comarca de Maurilândia, presidido pela juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento, condenou o mecânico Júnior Januário da Silva a 12 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato de sua companheira, Ana Carolina Gomes dos Santos. O crime ocorreu em 28 de agosto de 2024, e o julgamento, realizado apenas quatro meses após o fato, destacou a celeridade do sistema de Justiça no enfrentamento à violência contra a mulher.
O réu foi condenado por homicídio qualificado, com circunstâncias que aumentaram a pena, incluindo a crueldade do ato e o fato de a vítima ser mulher, enquadrando o caso como feminicídio nos termos da Lei Maria da Penha. Segundo a magistrada, a rapidez no trâmite judicial reafirma o compromisso do Judiciário goiano em combater formas graves de violação de direitos humanos.
Os fatos do crime
De acordo com o processo, Júnior Januário e Ana Carolina viviam um relacionamento conturbado. No dia do crime, por volta das 19 horas, o casal chegou à residência onde moravam, e o réu foi visto portando uma faca. Minutos depois, vizinhos ouviram a vítima pedir: “para, que você vai me machucar”.
Logo após, o réu deixou a casa carregando uma faca, o que levantou suspeitas. Quando os vizinhos verificaram a residência, encontraram Ana Carolina ferida e caída no chão. A Polícia Militar e o SAMU foram acionados, mas a vítima já estava sem vida.
Júnior Januário fugiu, mas foi localizado no dia seguinte em uma fazenda na zona rural de Santo Antônio da Barra. Preso, ele confessou o crime.
O corpo de Ana Carolina passou por exame cadavérico, que apontou múltiplas lesões perfuro-cortantes na região cervical, ombro, tórax, braço e joelho. A causa da morte foi confirmada como asfixia mecânica, decorrente de um ferimento na região cervical direita.