Dois dos acusados pela morte do advogado Hans Brasiel são condenados. Terceiro réu vai a júri dia 18 de junho

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Dois dos acusados pela morte do advogado Hans Brasiel da Silva Chaves foram condenados ontem em júri popular realizada no Fórum da Cidade de Goiás, na região oeste do Estado. A sessão de julgamento foi encerrada às 23 horas. Rafael Alves da Silva, executor do crime, foi condenado a 18 anos e meio de prisão e, Wuandemberg Alvares Farias Silva, conhecido Vandim, apontado como um dos mandantes do assassinato, a 15 anos de prisão. Ambas as penas em regime fechado.

Já o advogado Adelúcio Lima Melo, apontado como o outro mandante da morte de Hans Brasiel, será julgado no dia 18 de junho. Isso porque no início da sessão do júri, na quinta-feira (25/04), o defensor do causídico abandonou a defesa. Adelúcio, que está com carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ativa, solicitou o direito de fazer a própria defesa. No entanto, pediu que ele pudesse fazê-la sem o uso de algemas, o que foi negado. Assim, o réu, que nega qualquer participação no caso, foi mandado de volta para o presídio.

Pena branda

Apesar de considerar como brandas as penas aplicadas aos réus, a mãe da vítima, Cristina Aparecida de Brito Silva Chaves, disse ao Portal Rota Jurídica que já está satisfeita, pois a Justiça foi feita. Ela agradeceu a todos os envolvidos no julgamento e o apoio de familiares e amigos, que estiveram juntos durante os quatro anos de espera. Emocionada, lembrou sobre dia do crime “No dia 06 de fevereiro de 2020, tiraram meu filho de mim. Tiraram a vida do meu filho e da minha família também.”

Denúncia

Conforme relatado na denúncia pelo promotor de Justiça Augusto Moreno Alves, Adelúcio atuava na comarca de Aruanã, principalmente na área criminal, e sentiu-se incomodado com a chegada de Hans ao município, pois este também atuava em causas criminais. Segundo apontado na peça acusatória, em agosto de 2018, Hans firmou contrato com um ex-cliente de Adelúcio e obteve a sua soltura, situação que gerou uma discussão entre ambos e uma ameaça de morte teria sido feita pelo denunciado no interior do Fórum de Aruanã.

Segundo a peça acusatória, Adelúcio agenciou pessoas para efetivamente matarem Hans, mas não obteve êxito. Esta tentativa criminosa foi, inclusive, objeto de denúncia anterior por parte do Ministério Público de Goiás.

Após não obter sucesso na primeira tentativa de homicídio, o denunciado, segundo o órgão ministerial, passou a arquitetar nova forma de matar Hans, dessa vez, contando com o auxílio de seu amigo aviador Wuandemberg Silva, que entrou em contato com Rafael e ofereceu-lhe R$ 7 mil para que matasse a vítima mediante. O crime ocorreu em fevereiro de 2020.