Denunciado assassino confesso de motorista de aplicativo Vanusa Ferreira

O promotor Milton Marcolino dos Santos Júnior, da 5ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, ofereceu denúncia contra Parsilon Lopes dos Santos por homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver da enfermeira e motorista de aplicativo Vanusa da Cunha Ferreira. O crime aconteceu na madrugada de 19 de janeiro deste ano, em uma chácara no Jardim Copacabana, em Aparecida de Goiânia.

Conforme narrado na denúncia, em 18 de janeiro, a vítima, após cumprir turno como técnica de enfermagem em um hospital, saiu para fazer várias corridas a pedido do Parsilon Lopes, visto que ela era também motorista de aplicativo de transporte. Assim, Vanusa foi até o Terminal Rodoviário de Goiânia buscar os músicos Diogo e Wysllan e os levou até um bar onde se encontrava o denunciado. De lá, ela levou a dupla até a casa de João Vitor, outro músico, local onde se arrumaram e, em seguida, buscou o denunciado no mesmo bar e seguiram para uma casa de shows onde os músicos se apresentariam.

De acordo com o apurado, na madrugada do dia 19, após o show, a vitima levou Diogo, João Vitor, Wysllan e o denunciado à casa de João Vitor, onde todos ficaram, exceto Parsilon, que foi levado até a chácara que morava, momento em que a corrida do aplicativo seria encerrada. No entanto, segundo constatado, ao chegar na chácara, o acusado obrigou a vítima a entrar na casa e, mediante violência e grave ameaça, manteve relações sexuais com a vítima, a qual tentava se desvencilhar dele, tendo o denunciado se utilizado de violência, por sentir-se superior em razão das diferenças de gênero, derrubando a vítima no chão, espancando-a, para praticar o ato sexual.

Em seguida, com o intuito de ocultar o estupro cometido, o denunciado bateu a cabeça de Vanusa no chão por várias vezes, até deixá-la como morta. O denunciado arrastou ainda o corpo da vítima pela casa e jogou-o no fundo da chácara, visando ocultá-lo, e fugiu do local em seguida, utilizando o carro da vítima. No dia 20 de janeiro, o corpo da vítima foi encontrado.

O promotor denunciou Parsilon com as qualificadoras da utilização de meio cruel, recurso que impossibilitou defesa da vítima, para assegurar a ocultação de crime praticado (estupro) e por feminicídio. O acusado está preso; contudo, o promotor requereu ainda a conversão da prisão temporária em preventiva.