A juíza Placidina Pires, da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores de Goiânia, condenou, nesta semana, dois empresários do Grupo Spazi por liderarem um esquema fraudulento envolvendo a venda de móveis planejados de alto padrão em Rio Verde e região. As penas ultrapassam 10 anos de prisão para os principais responsáveis.
Além deles, outros três indivíduos que colaboraram com a execução do golpe também foram sentenciados, enquanto três acusados foram absolvidos. Os réus foram condenados ainda a reparar os danos causados às vítimas.
O esquema criminoso fez dezenas de vítimas em Goiás e em outros estados do País. A fraude envolvia promessas enganosas de móveis planejados supostamente fabricados no sul do Brasil. Além disso, os golpistas realizavam financiamentos fraudulentos em nome das vítimas, muitas vezes sem que elas tivessem conhecimento.
Alguns clientes tiveram mais de um financiamento realizado em seu nome, enfrentando a negativação de seus dados. O dinheiro obtido era desviado pelos réus, que, na maioria dos casos, não entregavam os móveis ou entregavam produtos em qualidade e quantidade inferiores ao contratado, resultando em prejuízos que somam R$ 4 milhões.
A Polícia Civil investigou o caso e deflagrou uma operação contra os envolvidos em 11 de agosto de 2022.
Condenações
João Batista Apolinário Rocha: 10 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado, além de 340 dias-multa.
-Michele Carolina Cunha Costa: 10 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão em regime fechado, além de 340 dias-multa.
-Caio Jacinto do Carmo: oito anos e nove meses de reclusão em regime semiaberto, além de 233 dias-multa.
-Juliana Sena Ribeiro: cinco anos, cinco meses e três dias de reclusão em regime semiaberto, além de 116 dias-multa.
-Fábio Maurício de Freitas da Silva: quatro anos, sete meses e 15 dias de reclusão em regime semiaberto, além de 63 dias-multa.