Um pingo de esperança

Tudo está muito ruim. A crise mundial que atingiu os Estados Unidos e União Europeia tempos atrás, aqui causando apenas uma marolinha, como sustentou o ex-Presidente, parece ter chegado com força total.

E a chegada desse tsunami por terras brasileiras coincidiu com uma seriíssima crise de credibilidade na gestão pública.

A Presidente já não preside. A base de qualquer governo, economia e articulação política, já não lhe pertence mais.

Recentemente vários ministérios foram literalmente entregues para a “base aliada” na tentativa de se evitar um impeachment.

Impeachment, aliás, que passa, inevitavelmente, pelas mãos do Presidente da Câmara – que faz o juízo de admissibilidade do pedido antes de encaminhá-lo para o Senado, onde é votado sobre a presidência do Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal -, que, até pouco tempo, era poupado tanto pela base da Presidente quanto pela oposição.

Mas justo ele também está em crise. Disse, depois desdisse e falou que não era bem assim. Agora virou também alvo, tanto do PT quanto da oposição.

Não bastasse,  exatamente hoje o IBGE divulgou que a economia brasileira teve o pior resultado para o terceiro trimestre dos últimos 19 anos.

2015 parece ser para o Brasil uma interminável sexta-feira 13.

Apesar desse mar de lama que tomou o país – no caso mineiro, literalmente – a Justiça parece trazer esperança e oxigênio.

A lava-jato dita um novo ritmo à justiça brasileira no combate à corrupção. A hipocrisia e a hipervalorizarão de direitos de defesa cedem frente ao combate à corrupção.

Àqueles que não eram frequentes em unidades prisionais, hoje são vistos por lá à miúde. Ricos – inclusive um dos homens mais ricos do país – e políticos influentes são agora alcançados pela teia da justiça.

Que venha 2016 com fôlego novo e com ânimo renovado em um Brasil mais justo.