CNJ atua contra juízes que apoiam candidatos nas redes sociais

O Conselho Nacional de Justiça encaminhou uma reclamação disciplinar contra o desembargador Marcello Ferreira Granado, do TRF2, o Tribunal Regional Federal da 2ª região. O juiz demonstrou apoio ao candidato ao governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. O desembargador é o mesmo que condenou Anthony Garotinho, outro candidato ao governo do Rio, que acabou barrado pela lei da ficha limpa.

O CNJ também instaurou um pedido de providências, por postagens no Facebook, contra a juíza de direito Kenarik Boujikian, substituta do Tribunal de Justiça de São Paulo. A magistrada parabeniza o governador Flávio Dino, do Maranhão, pela reeleição no 1º turno.

As ações do corregedor-geral de justiça, Humberto Martins, se baseiam na lei da Magistratura e na Constituição, que proíbe juízes de se dedicarem a atividades político-partidárias. Mas esses não são os primeiros casos.

O CNJ já havia notificado outros 5 magistrados por conta de manifestações políticas. Entre eles, o responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, que parabenizou Flávio Bolsonaro e Arolde de Oliveira, eleitos para o Senado.

Antes da eleição, o Conselho Nacional de Justiça tinha recomendado que os juízes não se manifestassem sobre o pleito. Entidades representativas, como a Associação de Magistrados do Brasil, foram contra a determinação do Conselho. (Agência Brasil)