Casal que fraudava o internet banking é condenado a mais de 25 anos de prisão

O Ministério Público Federal em Anápolis/Uruaçu (MPF/GO) obteve a condenação de Devanir Dias Souto, vulgo “Cheiqui”, e Tâmara Anne Aristides Costa. O casal havia sido denunciado pelo órgão ministerial no começo de junho deste ano após investigação que revelou uma série de fraudes praticadas pela dupla por meio do internet banking da Caixa Econômica Federal (Caixa).

Entre fevereiro e março deste ano, a Polícia Federal identificou um total de 15 operações ilícitas (entre tentativas e consumadas) praticadas por Devanir e Tâmara contra correntistas da Caixa, por meio de seu internet banking. A dupla obtinha os dados dos clientes do banco por meio de programas computacionais maliciosos ou cedidos por terceiros, ainda não identificados. Tais informações eram utilizadas pelo casal para realização de transferências e pagamentos de contas, inclusive de terceiros que os procuravam para tal fim.

Vida luxuosa
Moradores do município goiano de Uruaçu, Devanir e Tâmara eram conhecidos por levarem uma vida luxuosa, ostentando joias, ouro e caminhonetes caras. O estilo de vida levou Devanir, inclusive, a ser apelidado por “Cheiqui” (sic), termo de origem árabe que remete a indivíduos de prestígio e alto poder econômico. No entanto, tal estilo de vida era sustentado por meio de recursos obtidos com as fraudes praticadas pela dupla.

Pena
Na sentença, a Justiça Federal (JF) condenou Devanir, que já estava preso preventivamente, a 14 anos e 2 meses de reclusão e ao pagamento de 360 dias-multa. Já Tâmara, que cumpria prisão domiciliar, foi condenada a 11 anos e 4 meses de reclusão e também ao pagamento de 360 dias-multa. A sentença também revogou a prisão domiciliar de Tâmara, que já foi recolhida ao presídio. Como valor mínimo indenizatório à Caixa, a JF fixou o montante de R$ 71.647,56 a cada um.