Após renúncia de defensor de Maurício Sampaio, juiz adia julgamento dos acusados da morte de Valério Luiz

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Foi adiado, na manhã desta segunda-feira (14), o julgamento dos réus apontados como sendo os responsáveis pela morte do radialista Valério Luiz, ocorrida em 5 de julho de 2012. Seriam julgados o ex-cartorário Maurício Sampaio, Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Marcus Vinícius Pereira Xavier e Urbano de Carvalho Malta. Nova sessão do júri popular foi agendada para o próximo dia 2 de maio.

Segundo explicou o juiz Lourival Machado da Costa, que presidiria a sessão do júri, o adiamento ocorreu em razão da renúncia do defensor de Maurício Sampaio, o advogado criminalista Ney Moura Teles. O pedido foi protocolado na última sexta-feira (11/03). O juiz ressaltou que o advogado atua no processo desde 2012, desde a fase do inquérito, e que a renúncia surpreendeu.

Assim, foi aberto prazo de dez dias para que o réu constitua novo defensor. Caso isso não ocorra dentro do prazo, o magistrado determinou que os autos sejam encaminhados para a Defensoria Pública. Contudo, ao que tudo indica, o advogado Thales Jayme, vice-presidente da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), assumiu a defesa de Maurício Sampaio. 

O julgamento

O julgamento aconteceria a partir das 8h30, pela 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, no auditório do Tribunal de Justiça de Goiás, no Setor Oeste. Durante o julgamento, além dos réus, seriam ouvidas 30 testemunhas. Atuam na acusação os promotores de Justiça Maurício Camargo,  Renata Souza e  Sebastião Martins. Eles tem três outros assistentes de acusação. Um deles é o filho da vítima, Valério Luiz de Oliveira Filho. E os outros dois: Lorena Nascimento e Silva e Jales Rodrigues Naves Júnior.

A defesa de Maurício Sampaio estava sob a responsabilidade do advogado criminalista Ney Moura Teles. Rogério Rodrigues de Paula atua na defesa de Marcus Vinícius Xavier, que está em Portugal, mas participaria on-line do julgamento. Ricardo Silva Naves e Thales Jaime representam Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Djalma Gomes e Urbano Carvalho Malta.

Denúncia

De acordo com a denúncia, o crime foi cometido por volta das 14 horas de 5 de julho de 2012, na Rua T-38, no Setor Bueno, a poucos metros da emissora em que a vítima trabalhava. Segundo o MPGO, o inquérito policial apurou que Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, em “conluio, repartição de tarefas e contando com a participação dos demais denunciados, efetuou vários tiros em Valério Luiz de Oliveira, causando-lhe a morte imediata”.

O MP-GO sustenta que as constantes e enfáticas críticas que Valério Luiz fazia à diretoria do Atlético Clube Goianiense, no exercício da profissão de jornalista e radialista esportivo, nos programas Jornal de Debates, da Rádio Jornal 820 AM, e Mais Esporte, da PUC-TV, teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, que era dirigente do clube de futebol. Os comentários da vítima geraram acirrada animosidade e ressentimento no empresário, com desentendimentos, segundo a denúncia apresentada.