Amanda Partata, acusada de matar ex-sogro e a mãe dele, tem registro na OAB-GO suspenso

A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, teve seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás suspenso cautelarmente. Ela está presa por matar o ex-sogro e a mãe dele em dezembro do ano passado, em Goiânia. Eles morreram após comerem doces envenenados por ela.

Em nota, OAB-GO confirma a suspensão cautelar da inscrição, mas ressalva que “as informações sobre processos ético-disciplinares são sigilosas, podendo ser acessadas apenas pelos interessados junto à Secretaria do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-GO”.

O Rota Jurídica não conseguiu acesso à defesa da advogada. O espaço continua aberto para manifestação.

Exame de insanidade mental

Neste mês, laudo pericial da Junta Médica Oficial do Tribunal de Justiça de Goiás apontou que Amanda tinha plena consciência do que estava fazendo quando ofereceu alimentos envenenados às vítimas. A conclusão consta de laudo do exame de insanidade mental feito a pedido da defesa. O documento aponta que a advogada “claramente” agiu de forma organizada e planejada para praticar o crime. E que tomou cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto.

O resultado do exame de insanidade mental já foi anexado ao processo ao qual Amanda responde por duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio na Justiça de Goiânia.

Denúncia do MP

De acordo com a denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Spiridon Anyfantis, a acusada, alegando rejeição por parte do ex-namorado e de alguns parentes dele, adquiriu, no dia 8 de dezembro, pela internet, uma substância tóxica, que foi entregue em sua residência, na cidade de Itumbiara, no Sul de Goiás. No dia 16 de dezembro, por meio de um aplicativo de entrega, a denunciada pediu que o produto fosse levado a ela no hotel onde estava hospedada, em Goiânia.

As investigações apontaram que a advogada realizou pesquisas em seu celular a fim de obter informações sobre as consequências mortais da substância em caso de consumo humano. Também no dia 8 do mês passado, conforme os autos, a advogada enviou uma mensagem a Leonardo Filho perguntando seu maior medo: morrer ou perder alguém da família. O médico respondeu que seria perder os familiares.