O advogado Walmir Cunha já chegou ao Fórum Criminal de Goiânia onde, a partir das 8h30, terá início o julgamento dos irmãos Ovídio Rodrigues Chaveiro e Valdinho Rodrigues Chaveiro. Eles são acusados de ter enviado o pacote com uma bomba para ao causídico, em julho de 2016. Eles estão presos preventivamente desde dezembro de 2016 e devem ser levados pela polícia para a sessão do júri popular, que será presidido pelo juiz Lourival Machado da Costa.
Ao Rota Jurídica, Walmir Cunha afirmou, antes de entrar para o plenário onde acontecerá o julgamento, que espera que seja feita justiça. “Tenho convicção de que os autores do atentado serão condenados pelo caso”, afirmou, acrescentando que não tem revolta e nem ódio dos réus mas “quer que sofram as punições previstas em lei”. Ovídio e Valdinho serão julgados por tentativa de homicídio triplamente qualificado com as qualificadoras de motivo torpe, crime cometido com emprego de explosivo e dissimulação.
Além de Walmir, já chegou ao fórum a secretária Rejane Elias. Foi ela que recebeu o pacote endereçado a Walmir Cunha. Ela também é vítima e será ouvida como tal pelo magistrado que conduzirá o feito. Walmir será o primeiro a ser ouvido. A seguir, será a vez das seis testemunhas de acusação (inclusive Rejane) e seis de defesa. Os últimos a prestarem depoimento são os dois réus.
A promotora de Justiça que fará a acusação é Renata Oliveira. Ela será assistida pelo vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Thales José Jayme. A indicação dele foi feita pela instituição, que, segundo Walmir Cunha, tem dado a ele todo o apoio possível. Também estará presente para acompanhar o caso o presidente da Comissão Nacional de Defesas das Prerrogativas e Valorização das Advocacia (CNDPVA) do Conselho Federal das Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cássio Lisandro Telles. Ele vem a pedido do presidente Cláudio Lamachia.
Os corredores do Fórum Criminal já estão lotados à espera de abertura do plenário do Tribunal do Júri. Todos querem acompanhar o julgamento, que pode levar muitas horas. Dois representantes da Comissão de Prerrogativas da OAB-GO (Davi Soares, Fabrício Antônio Britto) também estão presentes e vão permanecer durante todo o julgamento.