O desembargador Carlos Alberto França suspendeu decisão que determinou o afastamento de Paulo César Fornazier do cargo de Secretário de Gestão de Pessoas do município de Goiânia até o julgamento definitivo do recurso (agravo de instrumento). O desembargador entendeu que não há razão para que ele fique longe de suas funções, uma vez que não ocupa mais o cargo de diretor da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).
“Além de não constar da decisão agravada fatos concretos a embasar o entendimento de que o recorrente, se mantido no cargo, poderia atrapalhar a instrução processual, o certo é que o mesmo não mais faz parte da estrutura de gestão da empresa investigada (Comurg)”, ressaltou Carlos França.
Fora isso, o magistrado observou, não há qualquer elemento de convencimento apto a sustentar que Fornezier, permanecendo como secretário de Gestão de Pessoas, possa prejudicar o normal processamento da ação civil pública no juízo de origem.
Afastamento
No início deste mês, o juiz Fabiano Abel de Aragão Fernandes, da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia, determinou o bloqueio dos bens do atual e do ex-presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Luciano de Castro e Paulo Tarso Batista, e dos ex-diretores do órgão, Willian Carlos Reis de Barros e Paulo César Fornaizer. Eles são suspeitos de superfaturar contratos de locação para coleta de lixo na capital. Foram bloqueados, no total, quase R$ 19 milhões. O magistrado também determinou que Paulo César Fornazier fosse afastado de seu cargo de secretário municipal de Gestão de Pessoas.
Segundo ação civil pública por ato de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público, nos anos de 2006 e 2010, o Município de Goiânia adquiriu e cedeu à Comurg, 56 caminhões de lixo. Contudo, nos anos seguintes, ao invés de providenciar novas aquisições, Luciano permitiu sucateamento dos veículos e participado ativamente de uma “quadrilha organizada” para lesar o governo. Fonte: TJGO
