O Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar nesta quarta-feira (27/11) a julgar a correção dos planos econômicos da década de 1980 e 1990. Na defesa dos bancos, o governo federal justifica que se as instituições perderem a causa, haverá restrição de crédito de aproximadamente R$ 1 trilhão, segundo o procurador do Banco Central (BC), Isaac Sidney Ferreira.
O procurador afirmou que o “lado” do BC é o lado “da defesa da moeda”. Ele esteve em reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do BC, Alexandre Tombini, o advogado-geral da União, Luís Adams, e o presidente do STF, Joaquim Barbosa, na tarde desta sexta-feira (22).
O valor de R$ 1 trilhão da restrição de crédito foi estipulado com base na expectativa do desembolso que os bancos terão que fazer para cobrir o prejuízo, calculado em R$ 150 bilhões, que é um terço do patrimônio líquido das instituições financeiras (R$ 509 bilhões). Se o patrimônio de cada uma for reduzido, elas terão menos capacidade de contrair empréstimos.
São cerca de 400 mil ações pedindo ressarcimentos por perda na caderneta de poupança que estão à espera de uma definição do STF. As correções são referentes aos planos Bresser (1987), Verão (1989), Collor I (1990) e Collor II (1991).
