Promotora garante que vai responsabilizar Saneago e organizadora do concurso caso haja irregularidades

Após questionamentos sobre a realização de novo concurso da Saneago pela mesma empresa organizadora, o Instituto Brasileiro de Educação e Gestão (Ibeg), a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira esclareceu que o Ministério Público de Goiás vai acompanhar toda a realização do certame. Contudo, caso haja alguma intercorrência, a promotora garantiu que vai responsabilizar judicialmente tanto o instituto, quanto o presidente da Saneago.

Apesar da recomendação para que outra instituição assumisse a realização do certame, a promotora concordou que o Ibeg prosseguisse conduzindo o concurso, desde que medidas para garantir a segurança fossem tomadas. “Se o Ibeg cumprir as obrigações assumidas para a gestão do concurso, não haverá qualquer prejuízo aos candidatos”, ressaltou a promotora.

Entre os pedidos acatados pelos organizadores estão a aplicação das provas para os três níveis de formação em mais de um dia; a proibição de o instituto terceirizar os serviços gráficos, em especial a impressão dos cartões-respostas; além da verificação, em tempo hábil, da impressão das provas e dos cartões-resposta.

Segundo alegado pela Saneago, caso o instituto fosse dispensado, haveria grande prejuízo financeiro para o órgão, já que algumas parcelas do contrato para a organização do certame foram pagas. Além disso, a abertura de um novo processo licitatório demoraria um tempo excessivo, tendo em vista a necessidade de pessoal do órgão.

Entenda
Mais de 95 mil candidatos fizeram as provas do certame, que ofereceu vagas para cargos de nível fundamental, médio e superior. Destes, houve problemas na impressão do cartão resposta de cerca de 40 mil candidatos que concorriam a cargos de nível fundamental e de todos os cargos de nível médio, envolvendo mais de 25 mil candidatos. Inicialmente, o MP-GO recomendou a anulação apenas das provas para os cargos em que houve o problema de impressão. Após a apuração das irregularidades, a promotora reforçou a impossibilidade de prosseguimento do certame, orientação que foi acatada, com a anulação de todas as provas.