Servidores são presos por esquema de corrupção na penitenciária de Aparecida de Goiânia

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), desencadeou nesta manhã de quarta-feira (19) a Operação Livramento, cujo objetivo é desarticular uma organização criminosa composta por servidores públicos, advogados e presos do complexo prisional de Aparecida de Goiânia.

Ao todo foram cumpridos 134 mandados, sendo 35 de prisões preventivas, 28 de prisões temporárias, oito conduções coercitivas e 63 de busca e apreensão.

Pela Operação Livramento foram presos cinco advogados, 30 servidores e ex-servidores da Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap). Foram conduzidos coercitivamente um advogado e outras sete pessoas.  Os demais presos são detentos e ex-detentos do complexo prisional. Fazem parte da operação 202 agentes, 55 delegados e 55 escrivães.

Durante a investigação da Draco foi revelado um esquema de corrupção sistêmica dentro dos presídios. Vários servidores envolvidos na liberação irregular de presos, alguns por meio de falsificação de decisões judiciais, uso de atestados médicos falsos, etc.

Com o esquema criminoso, todos os envolvidos lucravam. Desde o agente que recebia inicialmente o preso na Central de Triagem e indicava ou exigia a contratação dos advogados operadores do esquema, até o carcereiro que abonava as faltas dos presos em regime semiaberto em troca de favores sexuais.

Além das prisões, foi ainda determinado o afastamento das funções de todos os servidores e ainda a suspensão do exercício da advocacia dos causídicos.