Primeira etapa do 57º concurso público para juiz substituto é realizada neste domingo, 26, em Goiânia

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Mais de 12 mil concorrentes, de todo o Brasil, participam neste domingo (26) da primeira etapa do 57º concurso público para juiz substituto do Estado de Goiás. As provas objetivas estão sendo aplicadas em 35 locais em Goiânia. A previsão é que sejam preenchidas 52 vagas, conforme adianta o chefe do Poder Judiciário goiano, desembargador Carlos França, que entende o certame como uma das prioridades da gestão.

“A magistratura é um sonho para muitas pessoas, mas é uma carreira que exige de nós comprometimento, conhecimento e serenidade ao decidir ações que podem impactar sobremaneira a vida das pessoas. A população precisa de uma Justiça célere e eficiente e o Judiciário necessita de magistradas e magistrados conscientes de seu relevante papel. Tenho certeza que teremos excelentes julgadores que serão aprovados nesse 57º concurso, que se unirão aos colegas que já integram o Poder Judiciário para oferecer uma prestação jurisdicional cada vez mais rápida e melhor à sociedade goiana”.

O edital foi publicado em maio deste ano e prevê, além da prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, outras etapas: provas escritas (discursivas e de sentenças), sindicância da vida pregressa e investigação social; exames de sanidade física, mental e psicotécnico; prova oral e, por fim, avaliação de títulos. À frente da Comissão de Seleção e Treinamento, está a desembargadora Beatriz Figueiredo Franco.

Saudação

Para saudar os inscritos, os quatro magistrados auxiliares da presidência estiveram nos locais de prova, antes da entrega do caderno de questões, a pedido do presidente do TJGO, Carlos França, acompanhados das secretárias da comissão de seleção e treinamento, Mariza Carneiro Favoretto e Giovana Rios Vellasco Camargo.

No colégio Claretiano Coração de Maria, no Setor Central, o juiz Aldo Sabino relembrou o dia em que esteve na mesma posição dos candidatos atuais. “Ingressei na magistratura em 1999, com 27 anos de idade, após atuar três anos como promotor de Justiça. Era um objetivo que sempre persegui, estudava diariamente desde o segundo período de faculdade”, contou.

Nas salas de prova, o magistrado desejou boa sorte às pessoas que podem vir a ser futuras juízas e futuros juízes de Goiás. “A magistratura é, além de uma missão constitucional, uma missão espiritual. É uma profissão de muito trabalho e empenho, sem o glamour que muitos têm imagem. É preciso vocação e dedicação. Todos os dias agradeço a oportunidade”, falou.

Ao visitar as salas de aplicação das provas da Universidade Paulista (Unip), a juíza Jussara Cristina Oliveira Louza, falou sobre a expectativa do concurso de suprir as vagas, a fim de atender, da melhor forma possível, o jurisdicionado, prestando um serviço de excelência”. Na área 5 da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), o juiz Reinaldo Dutra também endossou a necessidade do ingresso de novas magistradas e magistrados. “O concurso é bastante esperado, pois há muitos cargos vagos no interior. Com a posse das novas juízas e novos juízes, vamos conseguir ampliar o acesso à prestação jurisdicional”.

Sobre as saudações, a juíza Sirlei Martins da Costa explicou que foi um pedido do presidente do TJGO, Carlos França, “para desejar a todas as candidatas e aos candidatos boa prova e dizer que todas e todos são muito bem-vindos ao Tribunal de Justiça de Goiás. O Poder Judiciário goiano necessita do reforço de juízas e juízes para podermos entregar, cada vez mais, a excelência da prestação jurisdicional a toda a sociedade”. 

Segurança

A Secretária da Comissão de Seleção e Treinamento, Mariza Carneiro Favoretto, ressaltou a segurança do certame, tanto do ponto de vista da lisura em sua realização, quanto em relação aos cuidados sanitários para evitar a propagação da covid-19. “A organização ficou a cargo da Fundação Carlos Chagas, que tanto elaborou a prova, quanto a realização dela. Havia representantes da FCC, as provas lacradas e vistoriadas por três candidatos, além de todos que estavam nas salas. Tudo correu muito tranquilamente. Quanto à questão sanitária, as salas foram ocupadas apenas com metade de sua capacidade e com distanciamento entre os candidatos e foi disponibilizado álcool em gel. Na entrada, também foi aferida a temperatura dos participantes do concurso”, observou. 

Diversidade

Uma profusão de sotaques diferentes ressoava nos corredores dos locais de prova: bacharéis em Direito de todo o Brasil vieram a Goiânia para tentar uma vaga na magistratura. De Volta Redonda, Rio de Janeiro, a candidata Carolina Barroso Perez aguardava sua entrada na sala de prova. Formada há cinco anos, ela fez estágio em gabinete e pode conhecer de perto a rotina do fórum. “Durante estágio, aprendi a fazer minutas de sentença e isso me encantou. Em seguida, fiz pós-graduação na área, que serviu, inclusive, como curso preparatório”.

De Maceió, Alagoas, o candidato Leonardo Mota, também já está preparado para mudar para Goiás, caso logre êxito no certame. Assim como Carolina, ele fez estágio no Poder Judiciário de seu Estado, oportunidade que serviu para despertar para a beleza da magistratura, em servir à sociedade e transformar vidas”.

Natural de Jarinú, São Paulo, Marcelo Stefan Wild advoga desde 2002 e, durante o desempenho da profissão, percebeu que amava o Direito, mas poderia contribuir de outra forma com a Justiça. “A magistratura tem como vocação servir o povo e promover a paz social. Acredito que o Poder Judiciário tem o papel de transformar a sociedade, ao promover a Justiça de forma célere e eficaz, promovendo, inclusive, meios para evitar litígios e incentivar a conciliação”.

Após exercer a advocacia por mais de 10 anos, a maranhense, da cidade de Santa Helena, Flor de Lys Ferreira Amaral, percebeu que poderia atuar de outra forma, “do outro lado do balcão”. Desde o início da pandemia de Covid-19, com mais tempo para se dedicar a projetos pessoais, ela decidiu se empenhar aos estudos para ingressar na magistratura. “Como advogada, sei como o cliente cobra e exige respostas. Penso que o Poder Judiciário deve ser rápido e dinâmico para atender a esses anseios da sociedade e, por isso, estou disposta a trabalhar e colaborar com a Justiça”. (Centro de Comunicação Social do TJGO)