Para OAB-GO, caso de justiceiros está ligado à sensação de impunidade

As Comissões de Direitos Humanos, Acesso à Justiça e Direitos Sociais (CDH), e de Segurança Pública e Política Criminal (CSP) da OAB-GO vão acompanhar os casos de justiceiros que agrediram suspeitos de crimes praticados em Goiânia. Segundo o presidente da seccional, Henrique Tibúrcio, o objetivo é averiguar se crime praticado pelo agredido e pelos agressores é investigado com o mesmo empenho.

“A pessoa que agride outro indivíduo está cometendo um crime igual ou até maior que ele cometeu. Não se pode encorajar essas atitudes, pelo contrário, é preciso combater. Hoje é um criminoso, amanhã pode ser um desafeto, um morador de rua ou usuário de drogas que o importuna”, afirma.

Tibúrcio lembrou que a atitude da população também é resultado da sensação de insegurança. “Os casos que temos visto tem sido um desdobramento da declaração da apresentadora de um telejornal, mas também é claro que as pessoas não estão contentes com o serviço que é oferecido pelo poder público em geral”, lembra.

Segundo Tibúrcio, a OAB-GO também está preocupada com o que pode acontecer caso estas ações não sejam cessadas imediatamente, por exemplo, a formação de milícias. “Os agressores precisam ser identificados e punidos. Fazer justiça com as próprias mãos não é o caminho”, completa.

Participaram da reunião o secretário-geral da OAB-GO, Julio Meirelles; o conselheiro seccional Douglas Messora; o presidente da CSP, Rodrigo Lustosa; a presidente da CDH, Mônica Araújo; e o vice-presidente da CDH, Michel Pinheiro Ximango.

Em Goiânia, já ocorreram três casos de justiceiros. Nesta segunda-feira (17), um adolescente de 15 anos foi amarrado no Setor Alto da Glória. Na terça-feira (18) ocorreram dois casos, um rapaz de 21 anos foi detido e espancado por várias pessoas no Jardim Novo Mundo e um suspeito foi agredido por moradores depois de tentar roubar uma residência no Setor Vila Regina, em Goiânia. Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO