OAB-GO pede no CNJ que sejam suspensos prazos processuais durante greve do Judiciário

Depois de ter o pedido barrado pelo Tribunal de Justiça de Goias (TJGO), a seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que suspenda, imediatamente, os prazos processuais do Judiciário estadual goiano até o fim da greve dos servidores, iniciada em 24 de setembro. Ou, então, até que sejam restabelecidos os serviços e normalizado o atendimento aos advogados.

No pedido de providências, o presidente da Ordem goiana, Enil Henrique de Souza Filho, diz que a instituição tem recebido inúmeras reclamações de advogados a respeito da insegurança jurídica por causa da greve. Liminar autorizou que só a metade dos servidores por unidade judiciária trabalhem durante a greve, atendendo a serviços essenciais e urgentes. O TJ-GO informa que vai cumprir o que o CNJ decidir.

Mobilização
O Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (SindJustiça) convocou os trabalhadores do Judiciário em greve para um novo ato em defesa da aprovação da data-base da categoria. A mobilização ocorrerá no dia 3 de novembro, terça-feira, a partir das 13 horas, na porta da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Após o veto do Executivo, no dia 16 de outubro, o projeto da data-base retornou à Alego para análise dos parlamentares.

Desde o dia 20 de outubro, quando foi realizada a última assembleia da categoria, dirigentes do SindJustiça tem permanecido em constante contato com os parlamentares e apresentado as contrarrazões do veto ao projeto da data-base. Naquela assembleia, os servidores decidiram continuar em greve até a apreciação e votação do projeto pela Alego.

Esta semana, a greve do servidores ganhou o reforço dos oficiais de Justiça, que decidiram paralisar suas atividades.