MP pede avaliação psicológica de adolescente que matou colegas

O Ministério Público pediu à Justiça que o adolescente de 14 anos que matou dois colegas e feriu outros quatro no dia 20 passado, no Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, na capital, será submetido a avaliação psicológica. O resultado dos exames deverão ficar prontos em até 20 dias.

O pedido foi feito na manhã desta sexta-feira, durante audiência em que o adolescente foi ouvido, no Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, no Setor Bueno. O depoimento dele foi colhido juntamente com os pais do garoto, uma sargento e um major da Polícia Militar. A arma usada pelo menor no ato infracional, uma pistola .40 era da PM e havia sido escondida pela mãe, que fazia uso dela no trabalho.

Durante depoimento, ele disse que está arrependido, segundo a advogada da família, a advogada Rosângela Magalhães. Segundo ela, a família está abalada e disse durante depoimento que o filho nunca apresentou comportamento diferente.

Segundo o titular da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), delegado Luiz Gonzaga Júnioro menino disparou cerca de 10 tiros. Conforme apurado, o menor sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, que não usa desodorante. Luiz Gonzaga contou que o estudante disse que planejou o crime por dois meses. Além disso, revelou que se inspirou nos massacres de Realengo, no Rio de Janeiro, e de Columbine, nos Estados Unidos.

Família quer ser ouvida

O advogado da família de João Pedro Calembo, um dos mortos durante o atentado, André Bueno, critica o fato de os pais do menor não terem sido ouvidos até agora pela Polícia. Ele cobra que os familiares sejam chamados para falar sobre o caso. O causídico compareceu ao Juizado da Infância e da Juventude e disse que a família da vítima está insistindo para ter acesso aos autos do processo.