O Ministério da Justiça (MJ) lançou uma campanha na internet sobre enfrentamento à xenofobia e à intolerância no Brasil. A ação foi organizada pelo MJ com apoio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR).
Com o intuito de informar e conscientizar a população brasileira, a campanha pretende mostrar a diversidade e a formação do País, forjada em fluxos migratórios durante diversos momentos de sua história, deixando claro que preconceito e intolerância não combinam com o povo brasileiro.
“A campanha tem o objetivo de sensibilizar sobre o drama humano vivido atualmente por milhões de pessoas que precisam sair de seus países de origem por motivo de guerras e perseguições. É a pior crise humanitária desde a II Guerra Mundial”, disse o secretario Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, durante coletiva de imprensa sobre o lançamento oficial da campanha.
A divulgação aposta no combate à xenofobia ressaltando a pluralidade étnica, já que a identidade cultural brasileira vem sendo formada pela mistura de diferentes nacionalidades. As hashtags “#EuTambémSouImigrante” “XenofobiaNãoCombina” se somam a pots no Facebook para conscientizar os cidadãos sobre o assunto.
Por meio de um aplicativo desenvolvido especialmente para a campanha, qualquer um pode participar. Basta acessar um link hospedado no hotsite www.eutambemsouimigrante.com.br. Lá os brasileiros podem criar seu próprio perfil migratório, divulgar suas origens e contar um pouco da sua história.
Crédito extraordinário
A presidente Dilma Rousseff editou, no último dia 9, uma medida provisória concedendo crédito extraordinário de R$ 15 milhões ao Ministério da Justiça para o fortalecimento da política de assistência a refugiados e imigrantes.
O secretário falou sobre o investimento, que será feito por meio de parcerias com estados, municípios, órgãos públicos, organizações da sociedade civil, entidades e organismos internacionais e na possibilidade de construção de novos espaços.
“Vamos promover esse fortalecimento de uma rede para refugiados e imigrantes e também contando essas entidades civis, que trabalham com o tema há muitos anos” disse. Os recursos também serão utilizados para consolidar uma rede de referência e acolhida para imigrantes e refugiados.
