Médium João de Deus é condenado a mais 44 anos de prisão por estupro; penas já passam de 108 anos

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Foi publicada nesta quinta-feira (25) sentença do juiz Marcos Boechat, da comarca de Abadiânia, que condena João Teixeira de Faria, o João de Deus, a 44 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática de dois crimes de estupro e dois de estupro de vulnerável. Com essa decisão, as penas impostas ao médium já ultrapassam 108 anos.

Os fatos ocorreram entre os anos de 2009 e 2018 envolvendo cinco vítimas. Com relação a uma delas, o ex-médium foi absolvido por insuficiência de provas. Foram fixadas indenizações por danos morais às vítimas em valores que variam de R$ 20 mil a R$ 75 mil. 

A denúncia pedia a condenação de João de Deus pelos crimes contra cinco mulheres. Porém, em um dos casos, o réu não foi considerado culpado por falta de provas.

A defesa de João de Deus disse que ainda não foi informada da condenação. Ainda cabe recurso da decisão. O réu sempre negou os crimes.

Início das investigações

As denúncias contra o médium foram feitas em 8 de dezembro de 2018, quando quatro mulheres entrevistadas no programa Conversa com Bial, da Rede Globo, afirmaram ter sido abusadas por João Teixeira de Faria. Depois disso, centenas de outras vítimas se sentiram encorajadas a também denunciar o médium, num caso de repercussão internacional.

João Teixeira de Faria ainda responde a mais de uma dezena de ações ainda não sentenciadas. Além da condenação de hoje, ele já foi condenado em 3 anos de reclusão em processo referente a posse ilegal de arma de fogo e a 19 anos e quatro meses de reclusão, em ação de violação sexual e estupro de vulnerável. No processo referente aos estupros cometidos contra cinco mulheres, ele foi condenado a 40 anos de prisão. E também a dois anos e seis meses de reclusão por violação sexual mediante fraude. Todas as condenações estão em fase de recurso no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.