Judiciário gastou R$ 48,5 mil com cada juiz em 2017, aponta CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou nesta segunda-feira  (27) que 80 milhões de processos estão em tramitação em todo o país e aguardam uma definição. Os dados fazem parte da pesquisa Justiça em Números, divulgada anualmente para orientar o trabalho de juízes e servidores da Justiça. Os números são referentes ao ano de 2017.

A pesquisa também revelou que o ramo da Justiça que mais faz acordos de conciliação é a Trabalhista. Em todo o país, 25% dos casos foram resolvidos por meio de um acordo entre o trabalhador e o empregador.

As despesas de todo o Poder Judiciário no ano passado foram R$ 90,8 bilhões, registrando aumento de 4,4% em relação a 2016. Segundo o levantamento, o total de gastos representa 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB). As despesas com recursos humanos são responsáveis 90,5% do gasto total.

“A despesa média do Poder Judiciário por magistrado foi de aproximadamente R$ 48,5 mil; por servidor, R$ 15,2 mil; por terceirizado foi de R$ 4,1 mil e por estagiário, R$ 828,76″, diz o relatório”.

A pesquisa também mostrou que tempo médio de tramitação de uma sentença no Superior Tribunal de Justiça (STJ) é de 11 meses. No Tribunal Superior do Trabalho (TST), os ministros demoram cerca de 1 ano e dois meses para proferirem uma sentença.

Na primeira instância, porta de entrada da ação na Justiça, a sentença demora cerca de 2 anos e seis meses para ser proferida. Na fase de execução, o tempo médio sobe para seis anos e quatro meses.

Tribunal goiano

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) alcançou posição de destaque entre os tribunais de médio porte no relatório Justiça em Números.  Segundo os dados, Goiás conseguiu 113,9% no IAD (Índice de Atendimento à Demanda). O indicador verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos pelo menos em número equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça superior a 100% para evitar aumento dos casos pendentes.

A produtividade dos magistrados goianos também ficou evidenciada no relatório, com índice de 1.588, o número representa o volume de casos baixados pela quantidade de magistrados que atuaram na jurisdição. O número superou o do ano passado, que ficou em 1.441. Para o presidente do TJGO, desembargador Gilberto Marques Filho, os dados demonstram comprometimento.