Homem é condenado por ter atirado contra seguranças de festa em Goiânia

Impedido de entrar numa festa que já estava terminando, Aldene Oliveira dos Santos ficou nervoso e atirou contra dois seguranças que trabalhavam na porta do local. Uma das vítimas ficou com dificuldade motora permanente. Pelo crime de lesão corporal gravíssima, ele foi condenado a 3 anos, 8 meses e 10 dias de reclusão. A sentença é da juíza Placidina Pires (foto), da 10ª Vara Criminal de Goiânia.

Testemunhas da confusão relataram que não houve agressão por parte dos seguranças, que estavam desarmados, o que afasta a tese de legítima defesa alegada pelo acusado. A magistrada frisou também que “o simples fato de as vítimas terem barrado a entrada do acusado no evento não o autorizava a se armar com um revólver, ir atrás delas e atingi-las”. O segurança Israel Panta foi atingido no glúteo e ficou incapacitado permanentemente para o trabalho – o projétil perfurou seu nervo ciático e até hoje encontra-se em sua coluna, já que a retirada pode deixar a vítima paraplégica. O segundo disparo acertou Weverton Alves, na coxa, provocando afastamento de seis meses do trabalho.

Consta dos autos que o evento foi realizado no dia 11 de novembro de 2006, numa chácara no Setor Shangri-la, na capital e, por volta das 4 horas, o acusado tentou adentrar no recinto, aparentemente embriagado. Neste horário, a festa já estava no final e os organizadores já até contavam o dinheiro arrecadado. Diante da entrada barrada, Aldene teria insistido bastante e, depois, atirado no rumo de vários seguranças.

Em depoimento na delegacia, o acusado confessou que havia comprado a arma na Feira da Marreta, mas em juízo sustentou que, no meio da briga, sacou o revólver da cintura de um dos seguranças. Contudo, sua versão não foi aceita pela juíza Placidina, já que, segundo depoimentos de pessoas que estavam no local, as vítimas não estavam armadas.