Estudante de Direito usava Correios para tráfico de drogas, afirma Polícia Federal

estudante de Direito trafica pelos correios

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a Operação Selo Químico, com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas via Correios. Um estudante de Direito de 24 anos foi preso e dois apartamentos foram revistados pela polícia.

Nos locais foram encontrados mais de mil pontos de LSD e mais de três mil comprimidos de êxtase, além de porções de maconha, Haxixe e outras drogas sintéticas que ainda não tiveram os componentes químicos identificados. A prisão do rapaz foi realizada no Jardim Goiás, porém a polícia também encontrou drogas na residência dos pais dele, localizada no Setor Oeste.

De acordo com o chefe da Delegacia de Entorpecentes da Polícia Federal no Estado de Goiás, Bruno Gama, o rapaz era responsável por enviar os entorpecentes para o Mato Grosso, Rondônia, Pará, Tocantins e Distrito Federal. “Conseguimos encontrar uma conversa do suspeito com um cliente, quando o comprador pedia um desconto já que realizavam negócios há quatro anos. Isso prova que ele já estava no ramo há algum tempo”, disse Bruno Gama.

Investigação

Segundo Bruno Gama, a investigação teve início em 2012, quando o sistema do Correios interceptou encomendas contendo os entorpecentes. Com analise dos pacotes, a Polícia Federal chegou à conclusão que a maior parte das drogas despachada da agência do Correios localizada na Praça do Sol. “Fizemos um raio de abrangência, analisamos imagens de câmeras de segurança da agência e identificamos o suspeito”, afirmou o delegado.

De acordo com Bruno Gama, a forma como as drogas chegavam à Goiânia ainda é desconhecida, mas a origem delas é a Europa. “São drogas recreativas que eram vendidas em festas. São entorpecentes caros e, por isso, os clientes eram de uma camada social privilegiada financeiramente”, disse.

Desde 2012, cerca de 10 encomendas foram interceptadas pela polícia. Segundo a Polícia Federal, ao perceber que não conseguia passar as drogas pelo Correios, o rapaz enviou algumas encomendas por meio de ônibus interestaduais.

A comunicação dos suspeitos com os compradores era realizada via deepweb, conteúdo da internet que não é encontrado pelos mecanismos de busca comuns, e redes sociais. Ainda segundo o delegado, o rapaz era sustentado pelos pais e não tinha renda lícita própria. O suspeito afirmou à polícia que agia sozinho. Ele será indiciado por tráfico interestadual, a pena pode chegar a 15 anos de prisão. As informações são do Jornal O Hoje.