Deputados aprovam em 1ª votação data-base do Judiciário e do MP

O auditório da Assembleia Legislativa de Goiás ficou pequeno diante da mobilização dos servidores do Poder Judiciário na tarde de ontem (24). Eles lotaram a Casa durante a sessão ordinária que colocou em pauta os projetos de Lei número 1103 e 1246/2015, que determinam o pagamento da data-base aos funcionários do Judiciário e do Ministério Público e reajusta os salários do cargo de subpromotor de Justiça.  A pressão funcionou e as matérias foram aprovadas por unanimidade em primeira votação.

Os servidores do Judiciário estão em greve há dois dias e prometem estender a mobilização até que o projeto de lei seja sancionado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). O líder do governo, deputado José Vitti (PSDB), destacou a falta de perspectiva financeira para cumprimento da promessa.

“O Estado está em crise e não é possível realizar este pagamento agora. Provavelmente o governador irá vetar o projeto”, disse. A mesma tese foi defendia pelo deputado Lincoln Tejota (PSD) durante o pequeno expediente da sessão ordinária.

“O governador está tentando colocar as contas em dia. Goiás não é uma ilha e não está imune aos problemas financeiros que estão atingindo o País”, acrescentou para o protesto dos servidores, que repetiram em coro o que o carro de som espalhava do lado de fora: “Chega de enrolação e promessas não cumpridas. É direito nosso. Data-base já.”

Oposição

A bancada de oposição ganhou espaço junto ao protesto ao criticar o governador. O deputado estadual Adib Elias (PMDB) destacou que a data-base já devia ter sido cumprida.

“Este é um direito adquirido do servidor. O não cumprimento demonstra o descaso do governo estadual diante de um poder que perde sua independência. É um retrocesso promovido por Marconi”, ressaltou.

Ernesto Roller (PMDB) também se posicionou e pediu que os servidores exerçam seu direito de greve para que o projeto de Lei seja sancionado. “Nós aprovamos aqui, mas vocês precisam forçar a sanção. Levem o protesto adiante para que o Estado não continue dando passos para trás diante do servidor público. É uma vergonha o que assistimos em Goiás”, declarou. Fonte: Jornal O Hoje