Condenado acusado de matar advogado na zona rural de Araguapaz

Edir Peter Correa Chatier

Adão Albuquerque Batista, acusado de matar o advogado Edir Peter Correa Chartier, de 43 anos, em dezembro de 2016, foi condenado por júri popular 18 anos e 9 meses de prisão, em julgamento realizado em Mozarlândia na última terça-feira (4). Além do homícidio, o réu foi considerado culpado por tentativa de homicídio contra o ex-marido de uma cliente de Edir. Por este crime, ele foi sentenciado a 9 anos e 2 meses de reclusão.

O advogado  foi morto a tiros enquanto ia, com o ex-marido de uma cliente, receber máquinas negociadas em acordo judicial, na zona rural de Araguapaz, no noroeste goiano.  De acordo com o delegado Murilo Gonçalves Almeida, responsável pelas investigações, a motivação do crime foi a disputa por um terreno de exploração de areia. “Essa área ficou com a cliente do advogado depois do divórcio. No entanto, o Adão já tinha passado alguns bens para o ex-marido dela como pagamento. Apesar disso, essa troca não poderia ter sido feita, pois ele não era mais o dono. Assim, durante essa negociação, o suspeito criou uma inimizade com o advogado e acabou matando o Edir”, explicou o delegado.

O crime ocorreu no último dia 13 de dezembro de 2016. Conforme apurado, o advogado e o ex-marido da cliente foram até a área de exploração de areia para conferir se o maquinário, que também figurava na negociação, estava no local. Lá eles foram abordados pelo réu, que matou o advogado a tiros e baleou o outro homem, que foi socorrido e passou alguns dias internado. Foi ele quem identificou Adão como sendo o autor dos crimes. Além disso, o homem destacou que o réu já tinha o ameaçado e ao advogado outras vezes.

OAB acompanhou o caso

Representante da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Goiás (OAB-GO), por meio da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), o advogado Estevão Pereira da Costa participou como assistente de acusação da sessão do Tribunal do Júri na comarca de Mozarlândia.

O presidente da CDP, David Soares, reforçou que a comissão acompanhou o andamento do caso desde o início, em 2016, e se fez presente no desfecho do processo. “Agressões como essa contra nossa classe jamais serão toleradas e união é a nossa resposta”, destacou.