Em uma reunião com membros da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), na manhã desta sexta-feira (11), representantes do Banco do Brasil (BB) anunciaram que a instituição financeira se comprometeu em creditar, em até dois dias úteis a partir da liberação dos alvarás judiciais, os valores nas respectivas contas bancárias. A novidade foi anunciada poucos dias após a OAB-GO ter divulgado nota afirmando que tomaria medidas “judiciais cabíveis” contra os reiterados problemas de advogados goianos no levantamento de alvarás no BB.
O encontro teve a presença do diretor tesoureiro Roberto Serra, do ouvidor-geral Eduardo Scartezini, da ouvirdora-adjunta e conselheira seccional Iraci Teófilo Rosa, e do presidente da Comissão de Direito Bancário (CDB), Bruno Toguchi. Eles receberam no gabinete da presidência o gerente regional jurídico do Banco do Brasil, Ranulfo de Moura Machado Neto; o supervisor jurídico do BB, Renato Mendonça; a assessora de governo da superintendência estadual do BB, Kenise Fernandes; o gerente-geral de agências Luis Carlos Xavier; o gerente de negócios governo da superintendência, Rui Barbosa Mesquita; e o gerente-geral da agência Bosque do Buritis, Cássio Nunes Freitas.
Os representantes do BB também disponibilizaram os números de celulares pessoais para que os representantes da OAB possam acioná-los em eventuais necessidades. Além disto, a agência localizada no Fórum do Setor Oeste, a que registra um maior movimento de advogados, terá o atendimento permanente de três funcionários. No entanto, os diretores da instituição financeira lembram que há na capital outras agências autorizadas a acolher alvarás judiciais na comarca de Goiânia e que descentralizar a demanda agiliza a prestação de serviços.
De acordo com os representantes do Banco do Brasil, o atraso na regularização nos depósitos se deve ainda à última greve dos bancários. Eles afirmam que a paralisação gerou um grande volume de demandas, o que comprometeu o andamento dos trabalhos. No entanto, segundo Eduardo Scartezini, reclamações da advocacia contra o Banco do Brasil datam de bem antes e pelas mais diversas razões. “Chegou a um ponto em que até nosso próprio presidente Lúcio Flávio, que tem uma atitude bastante ponderada, apoiou uma atitude mais enérgica por parte da OAB”, exemplifica Scartezin. A seccional expressou seu repúdio por meio de nota pública divulgada nesta quinta-feira (10).
A ouvidora-adjunta Iraci Teófilo Rosa reforçou as queixas, expondo diversas situações que registrou, mas fez questão de elogiar a abertura por parte do BB em ouvir as reclamações da advocacia e o seu esforço em apresentar soluções. “Este foi um encontro muito positivo, pois sabemos que muitas vezes os diretores do banco não têm ciência de muitos de nossos problemas. E é por meio das denúncias que promovemos a melhoria do serviço”, afirmou.
De acordo com o presidente da CDB, Bruno Toguchi, uma nova reunião está prevista para a próxima quinta-feira (16), na qual o Banco do Brasil irá formalizar um termo de compromisso para atender a uma série de solicitações que será apresentada pela advocacia, representada pela OAB. Para auxiliar no levantamento destas demandas, bem como para registro de queixas e reclamações, Scartezini reforça o apelo para que a advocacia se manifeste por meio da Ouvidoria, através do telefone 0800-642-2210, pelo e-mail ouvidoria@oabgo.org.br ou ainda por no portal na internet.
