Resgatar a dignidade de mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e familiar é a intenção do Projeto Recomeçar, lançado em setembro pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). A iniciativa, em parceria com a Fundação de Ações Humanitárias da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, vai oferecer possibilidade de reparar sequelas para quem sofreu danos físicos.
Nessa quarta-feira (19), a juíza auxiliar da Presidência, Sirlei Martins da Costa, coordenou reunião para incluir, também, no Projeto Recomeçar o atendimento odontológico. Isso se deu pois se verificou que, lamentavelmente, há muitos casos desse tipo de sequelas em razão da violência doméstica e familiar.
A magistrada adiantou que o presidente do TJGO já a orientou no sentido de adotar procedimento visando a expedição de recomendação para que juízes encaminhem os casos de sequelas em mulheres à Coordenadoria da Mulher e, em crianças e adolescentes, à Coordenadoria da Infância e Juventude, a fim que seja realizada entrevista e encaminhamento para o atendimento dos parceiros da área odontológica.
A triagem dos casos será feita pelo Conselho Regional de Odontologia de Goiás, que se encarregará de fazer o direcionamento ao profissional que melhor possa dar o atendimento adequado no caso concreto.
Cirúrgias plásticas reparadoras
Já à Fundação Instituto Para o Desenvolvimento do Ensino e Ação Humanitária competirá o encaminhamento das vítimas para o Serviço de Cirurgia Plástica da Rede Privada e serviços públicos credenciados da SBCP para avaliação das vítimas e indicação do tratamento mais adequado, quando for o caso.
Em Goiás, são três unidades credenciadas: Santa Casa, Hospital Geral e Hospital das Clínicas. Um mutirão para o atendimento dessas vítimas será realizado de 7 a 12 de novembro 2022, semana que antecede o Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, que será realizado em Goiânia.