TJGO mantém arquivamento de processo envolvendo a operação que investigava Ipasgo e Ingoh por supostos desvios de R$ 50 milhões

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A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás manteve nesta terça-feira, 7, por unanimidade, decisão da juíza da Vara de Crimes Organizados e Lavagem de Dinheiro, Placidina Pires, que rejeitou, em junho do ano passado, a denúncia apresentada pelo Ministério Público no âmbito da operação denominada “Metástase”. A investigação apurava supostos desvios no Ipasgo, em parceria com o Ingoh, um dos maiores bancos de sangue do Brasil.

A decisão, que seguiu voto do relator, o juiz substituto em segundo grau, Dioran Jacobina Rodrigues, confirmou a inexistência de qualquer acusação razoável ou justa causa para o processamento criminal dos funcionários do Ipasgo e do Ingoh. A defesa, conduzida pelo advogado Pedro Paulo de Medeiros, demonstrou com êxito que não havia qualquer indício mínimo de irregularidade nas ações dos envolvidos.

Além disso, o inquérito civil-público relacionado ao caso foi arquivado a pedido do próprio Ministério Público, que concluiu pela ausência de indícios de irregularidades. A decisão reafirma a inexistência de elementos que justificassem quaisquer ações contra os investigados.

Operação Metástase

A operação Metástase foi deflagrada em 12 de dezembro de 2019 pela Polícia Civil. Inicialmente, a suspeita era de um desvio de R$ 50 milhões do Ipasgo. Segundo a investigação, na época, as irregularidades ocorreram no âmbito do contrato de prestação de serviço do órgão com o Ingoh.

No dia que a operação foi deflagrada, a polícia apreendeu uma aeronave, carros de luxo, obras de arte e documentos em 19 endereços de Goiânia, ligados principalmente ao Ingoh. Na sede do instituto, os agentes recolheram medicamentos e prontuários de pacientes atendidos em clínicas da rede.

As equipes policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em casas e apartamentos de diretores do Ingoh e ex-gestores do Ipasgo. Na época, a polícia pediu a prisão preventiva de oito investigados, mas a Justiça de Goiás não havia autorizado.