Segunda fase do exame da OAB vai avaliar capacidade de redação e raciocínio

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realiza, neste domingo (17), a segunda fase do Exame de Ordem. A prova prático-profissional terá início às 13 horas (no horário de Brasília) e tem duração total de até cinco horas. O presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB Goiás, Carlos André Nunes, explica que, nesta etapa, os bacharéis em Direito devem escrever uma peça profissional sobre a área jurídica que optaram no ato da inscrição e responder às questões discursivas.

Segundo Carlos André Nunes, a prova, que é elaborada pela OAB junto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), exigirá do profissional conhecimento técnico efetivo sobre os aspectos jurídicos. O candidato precisará ter noção de raciocínio em peças jurídicas para materializar determinado caso, que será apresentado pela questão. “Queremos avaliar a capacidade que este futuro advogado terá em transformar a fala de um cliente em uma peça jurídica”.

O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharéis em direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. A aprovação é requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado.

Para a aprovação nesta fase, o candidato precisa atingir nota igual ou superior a seis pontos na prova prático-profissional, vedado o arredondamento. Para o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB Goiás, o índice de aprovação não é o fim deste exame. “Não devemos nos assustar com o baixo número de aprovados que o exame tem registrado nos últimos anos. O objetivo destas provas é garantir a excelência no exercício profissional, pois para a OAB, a advocacia não é um meio e, sim, um fim”.

Carlos André Nunes afirma que a proposta da OAB sempre foi o fortalecimento da advocacia, sendo que o profissional advogado tem um compromisso social importante que deve ser desempenhado com exímio conhecimento.

Novidade
Carlos André Nunes diz que, neste ano, a Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB Goiás encaminhará um relatório aos outros presidentes das seccionais brasileiras e ao Conselho Federal da OAB sobre os resultados obtidos pelos bacharéis nas provas em Goiás. Segundo ele, a proposta é avaliar de forma mais consistente se a prova está exigindo informações necessárias para quem seguirá a carreira de advogado.