Polícia Civil terá dinheiro apreendido de organizações criminosas

A Polícia Civil terá investimentos feitos com dinheiro apreendido em ações contra organizações criminosas. A medida consta do Programa Goiás Limpo anunciado ontem pelo governo durante formatura e promoção da policiais civis em solenidade realizada no Centro de Esportes e Lazer (CEL) da OAB/Casag, em Aparecida de Goiânia.

A novidade consiste na transferência de bens e valores apreendidos em ações contra organizações criminosas e lavagem de dinheiro à Polícia Civil. Os recursos serão aplicados no aprimoramento do combate a esses tipos de crimes: construção, instalação, manutenção e reestruturação das unidades da Polícia Civil; execução de ações e programas motivacionais e de capacitação; campanhas educativas etc.

Após a publicação da Lei nº 19.828, 78% dos bens e valores apreendidos serão destinados ao Fundo Especial de Apoio à Lavagem de Capitais e às Organizações Criminosas, 10% para o Fundo Estadual de Segurança Pública e o restante dividido igualmente entre o Fundo Especial dos Sistemas de Execução de Medidas Penais e Socioeducativas, o Ministério Público do Estado de Goiás, a Defensoria Pública, a Procuradoria-Geral do Estado, o Poder Judiciário e o Tesouro Estadual.

Estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) comprova que os investimentos do Governo do Estado em segurança continuam dando resultados positivos. Este ano, informou Marconi Perillo, o governo deve investir “R$ 3,1 bilhões em segurança, mais que o dobro do que foi aplicado há sete anos”.

A instituição divulgou os dados da violência no país referente ao ano de 2016, e constatou que Goiás reduziu em -5,2% o índice de mortes violentas intencionais. No mesmo período, no país, o índice cresceu 3,8%. Goiânia conseguiu redução de (-19,6%) nos crimes violentos letais intencionais. Foi o 5º melhor desempenho entre as capitais brasileiras. “Felizmente estamos observando a redução de índices que representam a melhoria da qualidade de vida do cidadão. Nós queremos ampliar esses esforços”, salientou o vice-governador Zé Eliton.

O secretário Ricardo Balestreri comentou que “no último período de 2017 nós não tivemos índices preocupantes como os existentes em outros estados brasileiros”. Ele enalteceu que o ano de 2017 aponta “a redução de mortes de policiais em confrontos”, e também a queda de outro índice, “que era grande, o de latrocínios”, com recuo “de mais de 40%”. O secretário frisa que “o anuário mostra dados de 2016, mas eu quero destacar que os de 2017, quando forem divulgados, serão ainda melhores”. Na pesquisa anterior, de 2015, Goiás apareceu em 8.º lugar no ranking dos estados que mais reduziram essa modalidade criminal. Houve, ainda, redução de na taxa por 100 mil habitantes, de 46,20 em 2015, para 43,80 em 2016.