Paulo Teles diz que o alto custo da campanha é que o fez desistir de concorrer à OAB-GO

Marília Costa e Silva

O alto custo da campanha para eleição da nova diretoria da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil foi o motivo apresentado pelo ex-presidente do Tribunal de Justiça de Goiás e advogado Paulo Teles para desistência de participar do pleito. Ao Rota Jurídica, ele garantiu que, mesmo tendo tido a intenção de fazer uma campanha bem modesta, teria de gastar em torno de R$ 600 mil. “Pesei os prós e contras e cheguei a conclusão de que não era viável participar da eleição, afirmou Paulo Teles, assegurando que hoje a maioria das chapas deve gastar em torno de R$ 2 milhões para participação no pleito.

A decisão de sair da disputa acontece apenas oito dias depois de Paulo Teles ter promovido reunião com objetivo de formação de chapa e anunciar o slogan de campanha OAB com Respeito, em evento esvaziado, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), no último dia 10. Apesar do pequeno número de pessoas que compareceu ao evento, Paulo Teles afirmou que não considerou pequeno o apoio angariado. “Foram muitas as pessoas que me apoiaram”, disse, garantindo que teria condições de formar uma grande chapa para concorrer às eleições. “Foi mesmo o alto custo da campanha que me fez rever minha intenção de ser candidato”, diz.

Com a desistência, Teles também descarta a possibilidade de apoiar qualquer uma das três chapas que devem ser montadas para disputar a eleição. “A partir de agora quero apenas exercer meu direito ao voto”, frisa Paulo Teles ao garantir que não se aliará a nenhum dos grupos. Concorrerem ao pleito do dia 27 de novembro o atual presidente da OAB-GO Enil Henrique de Souza Filho e os advogados e professores Lúcio Flávio de Siqueira e Flávio Bounaduce Borges.

Teles garante que ponderou muito antes de tomar a decisão e que ela não será prejudicial aos profissionais que angariaram apoio a ele. Como o registro das chapas deve ocorrer entre os dias 8 a 27 de outubro próximos, o ex-presidente do TJGO acredita que seus apoiadores ainda têm chances de se posicionarem ao lado de um dos três pré-candidatos.