Para melhorar a gestão jurídica é preciso aposentar o e-mail

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil é o país com o maior número de advogados no mundo inteiro, superando a marca de 1 milhão de profissionais e com 100 milhões de processos em tramitação no Judiciário. “E, por mais que a Lei 11.419, de dezembro de 2006, tenha estabelecido a informatização das ações, ainda é comum nos depararmos com pilhas e pilhas de papéis no meio jurídico”, afirma Adriana Bombassaro, diretora de produtos da Teclógica, empresa que criou o InContract,  solução que facilita a edição e o controle de documentos jurídicos em um único lugar, da criação ao encerramento.

Adriana Bombassaro, diretora de produtos da empresa Teclógica

Essa cena, segundo ela, nos faz refletir que não dá mais para pensar na gestão da área jurídica de uma empresa de forma manual, sem considerar o uso de ferramentas tecnológicas. “A tecnologia, é uma importante facilitadora de processos: agiliza, reduz custos e dita até mudanças de comportamentos”, diz.

E essa realidade, conforme aponta Adriana, precisa se acentuar na área jurídica das empresas, principalmente ao falarmos da gestão de contratos. De acordo com dados da Agência Nacional de Gestores de Contratos (ANGC), cerca de 90% das empresas ainda utilizam apenas o e-mail para gerir seus documentos e, em 75% delas, nenhuma metodologia é utilizada – fato que pode ser uma grande fonte de problemas em organizações que possuem alto volume de contratos.

“Sabemos que para não ocorrer falhas na gestão de contratos é preciso que toda a equipe envolvida conheça o ciclo de vida dos contratos (Contract Lifecycle Management – CLM). É por meio dessa técnica de gestão de contratos que serão definidas questões como o draft do contrato (estrutura preliminar e informações básicas), a negociação (em que se definem as obrigações e atribuições de cada parte), o armazenamento (especialmente em meio eletrônico) e os ajustes ou renegociações (relacionados à legislação ou alteração da contratação). Manualmente, pelo uso do e-mail corporativo, todo este processo acaba se tornando moroso e, muitas vezes, os prazos definidos ou planejados para cada fase não são cumpridos e muitas informações ficam perdidas”, explica.

Adriana aponta ainda que hoje em dia já existem no mercado softwares que são 100% focados na gestão de contratos para facilitar a área jurídica a gerir também minutas e demais documentos. Nesse caso, pondera, a tecnologia entra como uma ferramenta essencial, deixando de lado os processos antes definidos apenas em papel. Quando o armazenamento das informações é feito em nuvem, a área passa a ter outra vantagem importante aplicada ao CLM.

“E, reforço, cuidar de tudo isso manualmente ou contando apenas com o uso do e-mail para organizar as informações é aumentar a chance de causar problemas graves para a área”, frisa.

Portanto, reveja como a tecnologia pode transformar o seu departamento jurídico. Algumas mudanças vão gerar, inclusive, valor agregado ao seu cliente final.