OAB ainda precisa avançar na luta pela redução das custas e no respeito às prerrogativas da advocacia, diz Lúcio Flávio

Lúcio ressaltou que carrega o sentimento de dever cumprido e honra
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Marília Costa e Silva

“Entrego uma OAB-GO muito melhor do que aquela que recebi em janeiro de 2016. Se eu dissesse aqui que iriamos pagar as dívidas, sanear a instituição, livrar dos empréstimos, reformar e construir subseções, salas de ordem de cada canto deste Estado, nova sede da ESA, do CEL, instituir uma Procuradoria de Prerrogativas de referência nacional, avançar no pagamento dos dativos, os conselheiros diriam menos. Mas o fato objetivo é que fizemos tudo isso e muito mais, graças a construção coletiva”, afirmou Lúcio Flávio de Paiva, ao passar o cargo de presidente da seccional ao colega Rafael Lara, na noite de ontem, em cerimônia no CEL da OAB/Casag.

Lúcio ressaltou que carrega o sentimento de dever cumprido e honra. Mas apesar disso, ele fez questão de apontar que apesar dos inúmeros avanços em alguns setores a OAB-GO ainda precisa avançar. “Apesar da vontade e do trabalho não avançamos nas questão das custas judiciais e cartorárias, que são incompatíveis com os serviços prestados. E incompatíveis com a capacidade de pagamento da sociedade goiana”, frisou.

Ele também mencionou que advocacia ainda enfrenta infelizmente casos em que juízes e desembargadores não recebem advogados para distribuição de memoriais, para seus despachos, violando a prerrogativa profissional e o direito do cidadão de se fazer escutado perante a autoridade judiciária.

Outro ponto lembrado foi sistema prisional goiano. “Sob a desculpa da pandemia, este se fechou para a advocacia, violando também os direitos dos presos que precisam se avistar com seus advogados para assegurar a sua ampla defesa”, afirmou, acrescentando que sabe que onde sua gestão não avançou, a nova diretoria irá atuar, pois não falta a ela vontade e capacidade de trabalho para tanto”.

Moderação e equilíbrio

Lúcio Flávio também fez questão ainda de pontuar que cabe à OAB-GO ser a palavra de moderação e equilíbrio em um momento de polarização da sociedade. “Democracia, Estado Democrático de Direito, defesa da Constituição, da liberdade, direitos humanos, devido processo legal não são valores nem de esquerda ou de direita. São padrões civilizatórios, patrimônio do povo brasileiro. São esses valores que a OAB deve defender. Deixemos a política para os políticos”, afirmou, ao frisar à nova gestão a importância da independência institucional de qualquer projeto político. Com informações da OAB-GO