Novo Fórum Cível terá equipamentos de segurança de ponta

O novo fórum terá central de monitoramento
O novo fórum terá central de monitoramento

Com a mudança para o novo Fórum Cível, no Setor Lozandes, o Judiciário goiano entra em uma nova fase que será marcada por investimentos em segurança. Segundo o presidente da Comissão Permanente de Segurança do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, uma das novidades é o armazenamento dos autos apenas em meio digital. Com o fim dos processos em papel, o magistrado acredita que os prédios da Justiça não mais serão alvos de possíveis atentados, como o incêndio que destruiu mais de 15 mil processos em Goiatuba.

Segundo o magistrado, concomitantemente à digitalização, foram feitos vários investimentos para proteger a integridade pessoal dos juízes e servidores que vão trabalhar no local, do público frequentador, bem como do patrimônio. Um dos destaques do plano de segurança institucional foi a contratação de uma empresa privada de vigilância 24 horas, com valor de R$ 45 milhões.

Conforme Veiga Braga, serão 900 profissionais armados, treinados pela Polícia Federal, distribuídos em todas as comarcas. Antes, o trabalho era feito pela Polícia Militar. A idealização, concepção e a contratação dos vigilantes armados 24 horas para todas as comarcas do Estado de Goiás, independente do número de habitantes, foi da Diretoria-Geral do TJGO.

“Constitucionalmente, a Polícia Militar tem atribuição de segurança ostensiva, de rua. E, hoje, em razão do diminuído contingente, o Poder Executivo vem, compassadamente, recolhendo pessoal com distribuições distintas. A substituição é uma tendência”, apontou Veiga Braga.

Os vigilantes particulares trabalharão com coletes de balística e terão trocadas, periodicamente, suas armas e munições. A intenção é contar com um contingente preparado, a exemplo do que ocorre nos órgãos federais, completa o magistrado.

Sistema
Sistema de telefonia com transmissão VoIP

Além do investimento robusto em pessoal, o prédio terá controle de acesso de visitantes, segundo conta o diretor-geral do TJGO, Stenius Lacerda Bastos. “Serão seis catracas, monitoramento eletrônico com câmeras de alta resolução e armazenamento de imagens em rede. Nas entradas, haverá detectores de metais do tipo pórtico e móveis. As salas e os corredores já contam com sistema de detector remoto de incêndio, para indicar qualquer mínimo foco de fumaça”.

O fluxo de pessoas no prédio, conforme o diretor-geral acredita, também será menor. Isso porque, diz, a digitalização implica em menos necessidade de visitas ao fórum. “Advogados e partes, uma vez que podem consultar processos e protocolar virtualmente, não precisam comparecer às escrivanias. Com menos frequentadores também fica mais fácil garantir segurança ao prédio”, completa.

Digitalização
Ainda segundo o diretor-geral do TJGO, a segurança dos autos foi concebida, juntamente ao processo de digitalização. Há duas salas cofres, de estruturas similares, interligadas por fibra óptica: uma, no novo prédio, outra, no TJGO. Os dois espaços têm acesso controlado por biometria. Como são dois equipamentos distintos, todos os processos passarão por um backup, isto é, serão duplicados, sendo impossível destruição ou perda de informação.

Entre as inovações de segurança, conforme também aponta Stenius Lacerda Bastos, o sistema de telefonia dos gabinetes desponta. “Será utilizada transmissão Voice over Internet Protocol (VoIP), com mesma tecnologia empregada na Casa Branca, nos Estados Unidos, totalmente invioláveis”.

O presidente da Comissão Permanente de Segurança do TJGO, desembargador Veiga Braga, avalia como positivas as aquisições. “Está sendo feito um efetivo investimento em segurança. A administração está sendo bastante acolhedora às súplicas levadas pela Comissão Permanente de Segurança”, elogiou o magistrado. Com informações do TJGO