Ministério concederá bolsas de estudos para afrodescendentes tentarem carreira diplomática

Convênio inédito firmado entre Ministério da Justiça e Cidadania (MJC) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) irá conceder 20 bolsas de estudos a candidatos afrodescendentes para que possam custear os estudos preparatórios para a carreira diplomática. Para concorrer à bolsa de R$ 30 mil, o candidato terá de realizar provas objetivas, passar por entrevistas e apresentar um plano de estudos. O edital deverá ser publicado nos próximos dias.

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, e a secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/MJC), Luislinda Valois, avaliam ser de extrema importância incentivar o ingresso de pessoas negras no Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD). A oferta de bolsas de estudo é uma parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco.

Luislinda Valois diz que sempre observou a falta de negros nos postos de carreira diplomática. Pouco tempo depois de assumir o cargo de secretária da Seppir, em junho deste ano, propôs ao ministro aderir ao convênio com o CNPQ e o Itamaraty. A resposta foi imediata. Meses depois a parceria foi confirmada. “Faremos uma ampla campanha de divulgação em todo o Brasil para que tenhamos o máximo de candidatos possíveis disputando essas 20 bolsas”, avisa a secretária.