Mecânico acusado de matar motorista de aplicativo vai a julgamento nesta segunda (13/11)

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O mecânico Ivan Carlos Santarino, de 46 anos, acusado de matar o motorista de aplicativo Edimar Alves Taveira com vários tiros, será submetido a julgamento, nesta segunda-feira (13). O crime aconteceu no dia 13 de janeiro deste ano, no Setor Jardim Novo Mundo, em Goiânia. O júri popular será realizado, a partir das 8h30, no auditório do Fórum Criminal, no Jardim Goiás, sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia.

Conforme os autos, a vitima era motorista de aplicativo de transporte de pessoas, e utilizava o carro Gol G6 para o trabalho. Contudo, o veículo apresentou problema no seu funcionamento no dia 2 de janeiro. Edimar Alves possuía um mecânico de confiança, porém, como ele não estava na cidade, resolveu levar a outro profissional, e este indicou Ivan Carlos para passar um aparelho. Após verificar o carro do Edimar, Ivan informou que para solucionar o problema mecânico teria que trocar algumas peças, sendo que o valor total, incluindo peças e mão de obra, ficaria em R$ 300, sendo que o serviço foi realizado no mesmo dia.

O veículo do Edimar continuou apresentando os mesmos problemas mecânicos, motivo pelo qual ele retornou na oficina. Ivan então disse que o defeito seria o cabeçote e o valor do reparo ficaria em R$ 1,2 mil. Embora tenha autorizado o reparo, no dia de buscar o veículo foi surpreendido com outro valor. No entanto, o valor foi repassado em duas vezes. Como o carro continuou apresentando defeito, o motorista levou em outro profissional que identificou que as peças colocadas eram usadas, e que o serviço tinha sido mal feito.

No dia 13 de janeiro de 2023, Edimar e sua esposa foram até à oficina do Ivan para buscar uma capa de motor que havia ficado no local. Enquanto a esposa permaneceu na oficina, Ivan foi providenciar as notas fiscais e Edimar deixou o local para buscar o cabeçote. Quando Edimar retornou, ele informou que não entregaria o cabeçote, e que o Ivan não colocaria mais a mão no carro dele, tendo Ivan dito: “O que você veio fazer aqui então”. Edimar, então, respondeu que ingressaria com uma ação na justiça para se ressarcir dos valores gastos com o “serviço que não prestou”.

Na sequência, Ivan pegou um revólver que estava em sua caminhonete, instante em que a vítima saiu correndo, sendo perseguido por Ivan que atirou na direção dele. Edimar Alves foi atingido várias vezes, porém, ao cair, Ivan se aproximou e continuou efetuando mais disparos. Ivan foi preso em Aparecida de Goiânia e a arma de fogo apreendida. (Centro de Comunicação Social do TJGO)