Seis em cada dez empresas não estão preparadas para cumprir a Lei Anticorrupção no Brasil, segundo reportagem veiculada no jornal Folha de São Paulo. A lei entrou em vigor há quase um ano e pune, com multa de até 20% do faturamento bruto, empresas envolvidas em fraudes de contrato público. Ainda segundo a matéria, a maioria das empresas não adotou medidas de controle interno para aumentar a transparência ou regras para treinar funcionários e punir infratores.
“Hoje a corrupção está embrenhada nas entranhas da nossa sociedade”, diz o diretor da Escola Superior de Advocacia (ESA) da OAB-GO, conselheiro seccional Flávio Buonaduce Borges. Durante o período eleitoral, ele comandou o Movimento Eleições Limpas. “No campo empresarial, essa realidade poderá ser modificada por meio da regulamentação da Lei Anticorrupção e pela implementação pelas empresas de códigos de ética internos, o que se denominou de compliance”, explica. “Compliance” significa estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos, seguir políticas e diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da empresa.
