Jovem que sofria bullying em razão do próprio prenome conseguiu, na Justiça, autorização para mudá-lo. A partir de agora ela passa a chamar Jamilly. Moradora da cidade de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal (DF), ela foi assistida pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO).
A história de Jamilly com a DPE-GO começou em maio de 2018, durante um mutirão realizado pelo projeto Defensoria Itinerante em Novo Gama, município no Entorno do Distrito Federal. Após ser avisada por um amigo sobre as atividades da instituição no município, ela foi até o local em que os atendimentos estavam sendo prestados à população e relatou a necessidade de realizar a alteração de seu prenome, Gemina.
“Decidi mudar esse nome porque, quando eu ia falar (o nome) para as pessoas, era difícil de pronunciar. Faziam muita chacota com o meu nome. Era horrível, um constrangimento horroroso. Decidi mudar, mas não sabia por onde começar, porque eu não tinha condições de pagar um advogado”, conta a jovem, que tem 21 anos.
A partir disso, a DPE-GO propôs uma ação de retificação de registro civil. Nela, o defensor público William Abreu de Amorim Júnior narrou s constrangimento pelo qual sempre passou, tendo em vista que seu nome é “notoriamente incomum”. Ao requerimento, foi anexada uma carta escrita de próprio punho pela jovem, que relatava os problemas enfrentados por ela em razão de seu prenome originário.
O decorrer do processo foi acompanhado pela Segunda Subdefensoria Pública-Geral do Estado e, em setembro de 2019, o Judiciário acatou os argumentos apresentados. Foi reconhecido que ela sofria constrangimentos que feriam seus direitos como pessoa humana. Na sentença favorável, foi determinada a averbação às margens do assento de nascimento da jovem, com a alteração de seu prenome.
A nova certidão de nascimento, no entanto, foi emitida em 1º de fevereiro de 2021. “Quando recebi a notícia de que estava tudo certo, de que o processo tinha sido concluído, eu fiquei muito feliz. Hoje eu me chamo Jamilly, o nome que eu escolhi”, comemora ela. “Acho esse nome mais fácil de ser pronunciado, mais bonito e eu gosto dele”, explica.
Diante da concretização de seu sonho, a jovem incentiva às demais pessoas com casos semelhantes a seu a buscarem a assistência jurídica prestada pela DPE-GO. “A Defensoria Pública me ajudou bastante. Eu pensei que teria que enfrentar muita burocracia, mas não foi preciso. Eles resolveram tudo direitinho para mim”, celebra. Com informações da DPE-GO
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