João de Deus é indiciado em mais 3 inquéritos pela Polícia Civil

A força-tarefa da Polícia Civil de Goiás que investiga o médium João Teixeira de Farias, o João de Deus, concluiu mais três inquéritos nesta quinta-feira (10). O líder espiritual teve um novo indiciamento por posse sexual mediante fraude e dois por posse ilegal de armas. A mulher dele, Ana Keyla Teixeira Lourenço, também foi indiciada.

O indiciamento coincide com o julgamento, pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, do habeas corpus impetrado pela defesa do médium, que esta preso desde o dia 16 de dezembro no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia. O relator do processo é o desembargador Nicomedes Domingos Borges. Também integram a corte os desembargadores Ivo Fávaro (presidente), Itaney Francisco Campos, José Paganucci Júnior e Avelirdes Pinheiro de Lemos.

Ontem também a juíza Rosângela Rodrigues dos Santos recebeu a primeira denúncia contra o médium. Com isso, ele passou a ser réu pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude em um caso envolvendo quatro vítimas. Os crimes teriam sido cometidos durante tratamento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, onde ele fazia atendimentos. O médium, que foi ouvido ontem pela Policia Civil, em outro caso envolvendo posse ilegal de arma, sempre negou os crimes.

Inquéritos
No caso de violação sexual mediante fraude, o inquérito apurou fato acontecido no dia 3 de março de 2016, dentro da Casa Dom Inácio de Loyola, onde o médium faz os atendimentos, na cidade de Abadiânia. A vítima mora em São Paulo.

Já com relação às posse ilegal de armas, estas foram encontradas nas residências de João de Deus nas cidades de Abadiânia e Anápolis. Além do médium, a mulher dele deve responder pelo caso já que o armamento estava na casa do casal. “Em Abadiânia, cinco armas estavam dentro do quarto, inclusive uma delas dentro da gaveta de peças íntimas da mulher”, afirmou a delega Karla Fernandes, coordenadora da força-tarefa que investiga João de Deus.