Após dois meses de atuação efetiva da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em Goiás, foram concluídos 20 inquéritos nas cidades de Goiânia e Rio Verde, a 235 km da capital. A princípio, um total de 200 autos não concluídos está sendo apurado – o número de inquéritos é de 2000. O critério para as investigações são os crimes cometidos a partir de 2008.
A ajuda foi um pedido do governo do Estado em fevereiro deste ano, mas o Ministério da Justiça só autorizou o envio no início de julho. Inicialmente, a FNSP vai atuar por um período de 90 dias, prazo que pode ser prorrogado caso solicitado pelo governador Marconi Perillo (PSDB). A FNSP também atua na cidade de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
Coordenador do trabalho da FNSP em Goiás e titular do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, Alexandre Lourenço Pinto disse que a média de inquéritos concluídos está “dentro do contexto”. Segundo ele, os trabalhos continuam após o período de preparação e estabelecimento de critérios por parte da Polícia Civil e o governo federal. “Estamos dentro do contexto, temos um período de pouco mais de cinco meses para atuarmos juntos”, disse, referindo-se a possibilidade de renovação do convênio entre Estado e Ministério da Justiça por mais três meses.
Para o delegado, há um fator que pode contribuir para que o contrato não seja renovado, que é a chegada do novo efetivo que está em treinamento nas academias de polícia. “Certamente, vai servir como um refresco para a falta de contingente que a Polícia Civil passa”, analisou. Ao todo, quatro delegados, 22 agentes e oito escrivães estão atuando nos municípios.
Polêmica
A vinda da FNSP a Goiás suscitou polêmica desde que foi divulgada, em 4 de julho. Para policiais civis, a decisão é um desrespeito aos agentes que atuam no Estado que, segundo o sindicato da categoria, trabalham sem a aplicação dos investimentos necessários. O objetivo da atuação dos agentes federais é de ajudar o Estado a alcançar a meta 2 da Secretaria Nacional de Segurança Pública, que se refere ao combate da impunidade. Fonte: Jornal Opção