Goiânia ganha primeiro Escritório Social para atendimento a egressos do Sistema Prisional

Espaço em Goiânia tem como missão prover atendimentos voltados à reinserção dos apenados no mercado de trabalho
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Na semana passada, foi inaugurado em Goiânia o primeiro Escritório Social do Estado de Goiás, um espaço dedicado ao atendimento de egressos do sistema prisional. Localizado na Rua 83, nº 484, Setor Sul, o Escritório Social visa oferecer oportunidades de estudo e trabalho a pessoas que cumpriram suas penas, promovendo sua reintegração social. A iniciativa faz parte do Programa Fazendo Justiça, fruto de uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O evento contou com a participação do desembargador Fernando de Mello Xavier, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF/GO), que destacou a importância da iniciativa. “O Escritório Social é uma ferramenta do CNJ que impulsiona um novo momento para os egressos do sistema prisional, priorizando a ressocialização e o acolhimento. É um marco para os avanços no sistema prisional de Goiás”, afirmou o magistrado.

Estrutura e funcionamento

A nova unidade, que terá capacidade para atender cerca de 400 egressos por mês, recebeu mobiliário e equipamentos de informática doados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). O Governo do Estado será responsável pela coordenação executiva, por meio do Programa Goiás Social e da Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP). O objetivo é romper o ciclo de pobreza geracional e garantir que os egressos tenham acesso a estudos, trabalho e qualificação.

Segundo o secretário-executivo de Políticas Sociais do Goiás Social, Alexandre Parrode, o projeto representa um passo fundamental para assegurar oportunidades reais aos egressos. Ele anunciou ainda planos para a expansão do modelo, com a construção de outras unidades no interior do Estado.

Contexto nacional

O Escritório Social de Goiânia integra uma rede que já conta com 48 unidades em 21 estados brasileiros, consolidando-se como uma estratégia central do Poder Judiciário para a Política de Atenção às Pessoas Egressas do Sistema Prisional, conforme a Resolução CNJ nº 307/2019. A iniciativa reforça a importância de políticas públicas voltadas à reinserção social e à construção de uma sociedade mais inclusiva e segura.