Determinada prisão preventiva de quadrilha suspeita de roubo de carros

A juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, decretou a prisão preventiva de 15 supostos integrantes de uma organização criminosa envolvida em roubo, adulteração e venda de veículos. Na última quinta-feira, a Polícia Civil conseguiu cumprir 13 mandados do total. Do grupo, oito já estão presos e exerciam atividades criminais de dentro do presídio, por meio de celulares.

Entre os suspeitos de participar do esquema criminoso, está Edi Wilson Félix de Miranda, vulgo Edinho, que comandaria a prática dos assaltos. Segundo as investigações, ele seria um dos maiores agenciadores de roubo de automóveis em Goiânia, cometendo, em média, três delitos do tipo por semana.

Cléber Marques, preso na Operação Mestre dos Ofícios, junto com sua companheira Celina Naves de Jesus, também pelo suposto envolvimento em outra associação semelhante – integram o grupo. Celina chegou a ter liberdade provisória decretada, mas, agora, vai voltar à detenção.
Segundo a magistrada observou na denúncia, as atividades eram divididas entre os integrantes da quadrilha: parte roubava os veículos, enquanto outra se encarregava de adulterar placas e chassis e, por fim, outros se encarregavam da venda. As divisões de tarefa foram mostradas com interceptações de ligações e mensagens telefônicas.

“Há fortes indícios de que os investigados teriam se organizado, com nítida divisão de tarefas, para praticar delitos concretamente graves, demonstrando periculosidade social. Importante salientar que, a partir do momento em que os agentes se unem para a prática de delitos, estes demonstram maior grau de periculosidade, e, ainda, tornam mais fácil a obtenção de êxito na ação delituosa, haja vista que reduzem, ainda mais, qualquer chance de defesa por parte dos ofendidos”, ponderou a juíza para endossar a necessidade da privação de liberdade do grupo.

Condução coercitiva, sequestro de bens e busca e apreensão
A decisão também contemplou mandados de busca e apreensão nas casas e nas celas dos suspeitos e de outras duas supostas integrantes. A intenção é subsidiar as investigações com documentos, computadores, telefones celulares, pendrives – entre outros equipamentos – que possam demonstrar a prática criminosa.

Foi decretada também prisão temporária de mais quatro pessoas e a condução coercitiva da mãe de um dos integrantes e outras duas mulheres – por suposto empréstimo da conta bancária para movimentação financeira.

Conforme Placidina Pires elucidou, a “condução coercitiva é comportável no caso vertente, como medida excepcionalíssima, em razão da relevância da investigação, que envolve um grupo de pessoas organizadas para a prática de diversas espécies de crimes que retiram a paz social, portanto, sua decretação está plenamente justificada em face do interesse público”.