Desembargadores escolhem, nesta quarta-feira, novos dirigentes do TJGO. Eleições podem ser marcadas por surpresa na lista de candidatos

O novo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) será escolhido nesta quarta-feira (19/11), em sessão extra administrativa do Plenário, que escolherá os novos dirigentes para o biênio 2015/2017. Além do presidente, serão escolhidos vice e corregedor-geral da Justiça. As eleições vão ocorrer às 10 horas, com a participação de 36 desembargadores. Dois candidatos estão em campanha para ocupar o lugar hoje ocupado por Ney Teles de Paula: Leobino Valente Chaves, que já presidiu o TJGO em mandato tampão após suceder Vítor Barbosa Lenza, de quem era vice, e o atual vice-presidente, Carlos Escher.

Apesar de Leobino e Escher serem até o momento os dois candidatos em evidência, as eleições podem trazer surpresa. Isso porque, outros nomes, que estão à frente de Escher na lista de sucessão, podem ser consultados: João Waldeck, Nelma Perillo e Walter Carlos Lemes. Além de Gilberto Marques Filho, que sinaliza querer ser o corregedor-geral. E como apenas três nomes costumam ser apresentados aos magistrados, pode ser que Escher seja impedido de concorrer.

Costumeiramente, concorrem à presidência, à vice e ao cargo de corregedor no tribunal os três mais antigos da Casa. E, como circula no tribunal comentários de que Waldeck e Lemes aceitariam colocar seus nomes para apreciação dos pares, a entrada de um quarto candidato ficaria prejudicada, no caso Carlos Escher.

Mobilização
Além da polêmica em torno dos candidatos, as eleições do TJGO também foram marcadas pela mobilização de juízes para fossem realizadas eleições diretas para escolha dos novos dirigentes. No dia 22 de outubro, ato público coordenado pelo Fórum Permanente de Democratização do Poder Judiciário e Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) reuniu aproximadamente 150 juízes de primeiro grau em sessão da Corte Especial do TJGO. Vestidos todos com camiseta preta, confeccionada especialmente para o ato, os juízes levaram no peito o desejo de votar para presidente e vice-presidente do tribunal.

Antes disso, no dia 13 de outubro, a Comissão de Regimento e Organização Judiciária do TJGO suspendeu a análise do pedido feito em março pela Asmego para a realização das eleições diretas. O relator da matéria, desembargador Carlos Alberto França, foi favorável ao envio da solicitação para análise da Corte Especial do TJGO. No entanto, todos os seis demais integrantes da comissão pediram vistas para análise mais detalhada do caso. O requerimento da Asmego por eleições diretas no TJGO segue com pedido de vistas na Comissão.

Pedidos
Além das eleições diretas para presidente e vice-presidente do TJGO, o Fórum Permanente de Democratização do Poder Judiciário defende bandeiras como a ocupação do cargo de diretor-geral do TJGO por um juiz; participação da magistratura nas discussõe em torno do orçamento do Judiciário; presença de magistrados do interior entre os juízes auxiliares da Presidência e da Corregedoria-Geral da Justiça, entre outras.