Denunciado acusado de matar rapaz em boate do Setor Marista, em Goiânia

O Ministério Público de Goiás, por meio do promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo, ofereceu denúncia contra Cairo Petrucci de Paiva, acusado do homicídio de Edmar Cavalcante Rebelo Filho, ocorrido em fevereiro deste ano.

Com base nas informações do inquérito policial, a denúncia relata que, na madrugada do dia 18 para o dia 19 de fevereiro, Edmar Cavalcante se divertia na boate Pink Elephant Tour, no Setor Marista, acompanhado do cunhado Antônio Jackson e do amigo Diayson Viana. Por volta das 2h20 do dia 19, Cairo, acompanhado dos amigos Emerson e Rodrigo, chegou à boate. Porém, quando chegaram, o expediente estava sendo encerrado, sendo os três barrados pelos seguranças. Apesar da negativa de entrada, Cairo e seus amigos continuaram insistindo.

Às 2h30, Edmar, seu cunhado e o amigo Diayson resolveram deixar a boate. Enquanto Antônio, cunhado de Edmar, foi ao caixa do estabelecimento pagar a conta, a vítima e seu amigo foram para a varanda, separada da calçada apenas por uma mureta. Os rapazes, que seguravam garrafas de cerveja, colocaram as bebidas sobre a mureta. Naquele momento, Cairo, Emerson e Rodrigo resolveram ir embora, quando, de modo intencional, Cairo derrubou a garrafa de Edmar, assustando-o.

Após uma breve discussão, sem que houvesse nenhum embate físico, Cairo seguiu seu caminho, sendo que Edmar e Diayson continuaram na varanda. Cairo, então, conforme declarou na delegacia, andou até o local onde o carro de Emerson estava estacionado. Emerson teria apanhado uma arma de fogo que estava no assoalho do veículo e entregou a Cairo, incentivando-o a retornar à boate. Sem dizer nada, Cairo atirou em Edmar diversas vezes.

Para o promotor, infere-se que Cairo matou a vítima em razão de uma discussão banal que ele mesmo provocou, qualificando o crime como praticado por motivo fútil. Além disso, o denunciado, ao surpreender a vítima ao retornar a boate e atirar sem dizer nada, dificultou a defesa de Edmar.

Quanto a Emerson, em seu depoimento à polícia, Cairo afirma tê-lo conhecido naquela noite, não sabendo informar nome completo, endereço ou telefone para contato, tendo a delegada instaurado autos complementares para investigar o envolvimento dele no homicídio. Diante disso, o promotor requereu, junto à denúncia, que a delegada envie ao Poder Judiciário, em um prazo de 30 dias, os autos complementares da investigação, a fim de que sejam tomadas as providências necessárias.

Ele requer também a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, uma vez que o acusado “demonstrou total desprezo com a vida alheia, e total insensibilidade moral”, podendo cometer crime semelhante. Fonte: MP-GO